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"Parecia que estava em um filme de fim do mundo"
"Foi terrível! Primeira vez que passamos por um terremoto nessas proporções. Ficamos sem energia elétrica, graças a Deus ninguém se feriu, parentes e amigos estão bem, o noticiário é medonho. Tanta desgraça junta. E os tremores continuam pequenos, mas nos deixam em alerta constante. Vi os postes, os fios elétricos e casas balançarem como se não fossem nada. O céu ficou com uma cor estranha, os pássaros se agitaram. Parecia que eu estava em um filme que anuncia o fim de mundo. Numa hora dessas você não sabe se corre ou fica, e não é porque somos estrangeiros, pois meus vizinhos japoneses ficaram estarrecidos. É surreal", conta a brasileira Rosana K., de Kanagawa
Telefones bloqueados para evitar "papo furado"
Em e-mail enviado à tia que reside no Brasil, Hiroshi Ohta relatou ter sentido o tremor em casa. "Sentimos o tremor aqui, creio que 6 graus pela escala japonesa; mas, o epicentro teve magnitude 8.8 pela mesma escala". Ele explicou que quando acontece algum terremoto no país, os trens param e as linhas telefônicas, tanto fixa como móvel, são bloqueadas para permitir que sejam feitas chamadas de emergência. "Senão, o povo fica pendurado batendo papo sobre o assunto e quem estiver preso em escombros ou carros atingidos, ou mesmo ferido e precisando de ajuda, ambulância etc. ficaria sem atendimento por causa do congestionamento das linhas telefônicas".
"Achei que o chão ia se abrir e nos engolir"
O terremoto que sacudiu o Japão na sexta-feira abalou emocionalmente a professora Indianara Akiyama, de 43 anos. A curitibana conta que nunca sentiu tanto pavor na vida. "Achei que o chão ia se abrir e nos engolir", diz. Na hora do forte tremor, ela conta, um aluno chegou a perguntar se aquilo era o Apocalipse. "Foi monstruoso, fora do comum e o pavor não passava nunca", descreve. "Apesar do medo, nós professores tínhamos de manter a calma para não assustar ainda mais os alunos. Foi um momento muito difícil", conta.
'Larguei a bíblia e corri'
'Na hora que deixei meu apartamento, vi muros caídos, semáforos apagados e polícia no meio da rua para organizar o trânsito. Todo mundo estava preocupado. As lojas de conveniência estavam cheias. Estava todo mundo comprando água e suprimentos. Agora são 06h50 e não consigo dormir. Qualquer balançadinha já desperto e vou verificar. Moro em um apartamento de cinco andares e já encontrei uma rachadura, mas não sei se é do tremor de ontem. Sou evangélico e comecei a orar. Mas começou a balançar muito novamente. Larguei a bíblia e falei: 'vou correr'. Faz 21 anos que estou aqui [no Japão] e é a primeira vez que eu sinto esse medo. Estou traumatizado. Você sente balançar como se estivesse dentro de um barco', disse o brasileiro Rafael Ynamoto, 37, quando ele viu seu apartamento tremer na cidade de Oyama-shi (Japão)
'Pelé do karaokê' falou com a família pela internet
Alexandre José da Silva é irmão de Roberto José da Silva, 44, que mora no Japão. Depois de quase dez horas de tentativas frustradas, Alexandre ficou sabendo por meio das redes sociais que Roberto está bem. Ele, a mulher (japonesa) e a filha do casal (também japonesa) haviam deixado a cidade de Shizuoka, onde vivem, e se hospedado na casa da sogra, em uma região de montanhas, para evitar riscos. 'Antes de falar com ele, a gente ficou muito preocupado. Agora, estou mais tranquilo. Ele está bem, mas disse que o Japão está parado.' Roberto mora há quatro anos no Japão. Lá, ele é cantor profissional, reconhecido pelos japoneses como o 'Pelé do karaokê'. Roberto contou a Alexandre nunca ter visto um terremoto como o desta madrugada. 'Foi muito forte', disse Alexandre, com base nos relatos do seu irmão.
Nelsinho Batista no Japão
Nelsinho Batista, ex-técnico de Corinthians, São Paulo e Sport Recife que atualmente dirige o time japonês Kashiwa Reysol, contou que o terremoto foi "um susto enorme", uma vez que o abalo pegou a delegação do Kashiwa de surpresa, dentro do trem-bala, em viagem para Osaka, onde estava marcada uma partida neste sábado. A sensação foi de que o trem-bala virou "uma caixinha de fósforos", de tanto que a composição balançava e, como ainda está em viagem (sem contar com os transportes públicos, pois os serviços foram interrompidos), o treinador ainda não consegue visualizar a situação no resto do país. Ele está no país, com diversas interrupções, há oito anos, e nunca viu um terremoto tão forte como o desta sexta-feira que, apontou, "não parava".
Daniela Suzuki no Havaí
"Evacuaram meu hotel na praia. São 23h aqui. Estou indo com o Fábio para casa de um amigo aqui em um lugar um pouco mais alto. Parece que às 3h da manhã daqui teremos notícias do tamanho e do que realmente vai acontecer. Todos estão correndo! A polícia está por toda parte com sirenes e dando avisos para evacuar a área. As pessoas na rua estão lotando os supermercados e postos de gasolina em busca de comida e água", contou pelo Twitter a apresentadora e atriz Daniele Suzuki, grávida de cinco meses, que está na ilha de Maui, no Havaí, passando férias com o marido Fábio Novaes.
Caos
"Está um caos aqui na região de Yokoham. Ficou sem luz, água e gás. Todos estão saindo atrás de comida! Além de o trânsito estar caótico", disse. Roberto Teruya, do Japão
(Fonte: Globo)Terremoto tsunami Japão 2011...pior da história, veja o video em anexo
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