O governo australiano está estudando a possibilidade de vender o visto para quem queira imigrar para a Austrália, deixando de lado o método de autorização de entrada com base em habilidades ou conexões familiares.
O programa de migração do país emite visto de residência permanente para três tipos de migrantes: aqueles com habilidades específicas; aqueles com famílias na Austrália; e outros que atendam a critérios de elegibilidade especiais.
A Comissão de Produtividade sugere algumas propostas, incluindo a introdução de uma loteria de imigração e a criação de um sistema de pagamento de uma taxa de entrada. A decisão vai ser tomada no final de março de 2016.
De acordo com o jornal The Sydney Morning Herald, tal esquema poderia ajudar o governo no déficit orçamental, trazendo bilhões de dólares em receita extra e permitindo o corte do número de funcionários públicos que administram o sistema de imigração da Austrália.
Opções
A Comissão estuda permitir um número de lugares para uma loteria, semelhante com o que praticam os Estados Unidos, cuja imigração permite até 50 mil lugares por ano para candidatos de países com baixas taxas de imigração.
Já o Senador Leyonhjelm afirma que um sistema de imigração com base em taxa havia sido apoiado pelo economista ganhador do prêmio Nobel, Gary Becker, sendo que um valor de 50 mil dólares australianos (R$ 111.670, de acordo com a cotação do Banco Central do Brasil do dia 05 de maio de 2015), seria o possível montante para a entrada na Austrália. “Isto seria uma contribuição financeira substancial para o orçamento da Austrália e que deve deixar os impostos mais baixos”, explica.
Além disso, por conta da incapacidade de muitos imigrantes de pagar a taxa adiantada, poderia ser considerada a criação done um programa de empréstimo ou desconto no salário. As empresas que necessitam de migrantes qualificados também poderiam pagar a taxa ou o governo poderia renunciar à taxa para as profissões específicas.
Lado contrário
A proposta têm alarmado grupos empresariais e sindicatos, que reclamam da escassez de profissionais qualificados ser o foco da política de imigração da Austrália. Além de grupos comunitários que se opõem a movimentos que impeçam os imigrantes mais pobres de entrar no país.
O presidente do Conselho Australiano de Sindicatos, Ged Kearney, afirma que a organização está preocupada que o governo esteja focado em permitir que apenas os mais ricos possam emigrar, independentemente de cumprir as exigências atuais, fazendo com que aumente cada vez mais a escassez de imigrantes qualificados. (Fonte: Juliana Américo Lourenço da Silva/InfoMoney)
Leia também:
Reconstrução no Nepal pode passar de US$ 10 bilhões Fotos/Vídeo)
Veja Mais noticias sobre Internacional