A Polícia Federal prendeu por volta da 0h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (14), o ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, de acordo com informações de diversos veículos de imprensa. Cerveró desembarcava no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro.
A Justiça Federal decretou a prisão preventiva do acusado por novos fatos revelados nos autos da Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção da Petrobras. Ele deve ser encaminhado
para a Curitiba, onde estão presos os outros acusados.
Cerveró voltava de Londres, onde estava desde dezembro, e tinha depoimento marcado para esta quinta-feira(15).
Através de nota à imprensa, o MPF (Ministério Público Federal) informou que foi cumprido um mandado de prisão preventiva. Segundo o órgão, "há indícios de que o ex-diretor continua a praticar crimes e se ocultará da Justiça".
Na última terça-feira(13), informa a nota, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de Cerveró e de parentes, "em função de seu envolvimento em novos fatos ilícitos relacionados os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro que foram denunciados recentemente".
O MPF informou ainda que Cerveró tentou transferir para sua filha R$ 500 mil, mesmo considerando que tal operação levaria a uma perda de mais de 20% de sua aplicação financeira. Além disso, o ex-diretor também teria transferido recentemente três apartamentos adquiridos com recursos de origem duvidosa, em valores menores do que eles valeriam, de R$ 7 milhões por R$ 560 mil.
"A custódia cautelar é necessária, também, para resguardar as ordens pública e econômica, diante da dimensão dos crimes e de sua continuidade até o presente momento, o que tem amparo em circunstâncias e provas concretas do caso", destaca o MPF em nota.
O advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, disse que está surpreso com a prisão e não vê motivos para a preventiva. Ele afirmou que reúne documentos para entrar com pedido de habeas corpus assim que tiver acesso à decisão.
Cerveró e o lobista Fernando Antônio Soares, o Fernando Baiano, são réus por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e são acusados de receber R$ 30 milhões em propina de um dos executivos que fez delação premiada para a Operação Lava Jato.
A Justiça Federal do Paraná acatou em dezembro denúncia contra Cerveró sob acusação de envolvimento em suposto esquema de corrupção na estatal. Cerveró responde pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. (Fonte: Lara Rizério/InfoMoney/Agência Brasil)
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