É comum ver a bateria do celular acabar rápido quando se utiliza internet e aplicativos com frequência. Pensando na duração da carga, o estudante de mecatrônica, Murilo Henrique, de Taubaté, criou um aplicativo que economiza energia.
Durante seis meses, mesmo depois se chegar da escola, o adolescente de 17 anos não saía do computador. A mãe, Adriana Ferreira de Itatiba (sp), conta que chegou a ficar preocupada com a situação. "Tudo isso nos preocupa, por que o convívio familiar tem que ser muito intenso e quando o adolescente fica horas no computador, isso gera um pouco de preocupação. Minha preocupação maior era ele ficar focado demais em redes sociais", afirma.
A mãe ainda não sabia, mas aos invés de ficar nas redes sociais, o adolescente trabalhava. "Sempre me veio à cabeça ter um aplicativo assim, porque sempre você está utilizando a internet e para de usar o telefone por algum motivo, para conversar, e a internet fica lá à toa", afirma Murilo.
Economia
Os aparelhos mais modernos consomem muita bateria por causa da internet. Com o aplicativo, chamado Ecotimer, assim que o celular deixa de ser utilizado, a internet é desativada. A conexão volta a funcionar em alguns intervalos para que o usuário receba suas mensagens e atualizações.
"Você escolhe quanto tempo quer que ele espere para ligar e quanto tempo você quer que ele fique ligado. Você escolhe, desliga o telefone (no modo de espera) e está tudo certo", explica o estudante.
De acordo com Murilo, o aplicativo economiza de 50% a 70% de bateria, o que gera, também, economia de energia, já que o celular passa a ser carregado com menos frequência. A criatividade do estudante está rendendo frutos. Além do Brasil, o aplicativo já foi baixado em países como Estados Unidos e Índia.
Sala de aula
Foi na sala de aula que surgiu o interesse do adolescente por programas de computador e celular. "Ele é um excelente aluno, tanto que chega a ser um dos mais aplicados na parte de programação. Ele começou a ter esse interesse e começou a perguntar sobre as programações que têm", disse o professor Fábio Batista.
Segundo Murilo, ele tem sido procurado por empresários com interesse em comercializar o aplicativo. Enquanto não há nenhuma negociação concreta, o estudante tem incentivado os amigos a ingressar no ramo. "Ele mostra que, mesmo a gente sendo adolescente, a gente pode correr atrás das coisas que a gente quer", disse o estudante Thomas Barreto.
Quando se fala em futuro, Murilo sabe exatamente o que quer. "Quero mergulhar nessa área que é muito interessante. O aplicativo é diferente de um programa de computador, ele vem para ajudar você. Tem aplicativo pequeno e grande, e esse meu é pequeno e vem justamente para isso, para te ajudar", afirma. (Fonte: G1/ O VALE/Fotos: Reprodução/TV Vanguarda/Rogério Marques)
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