O que não mudou daquela época até os dias de hoje foram as dificuldades extremas e duro percurso por onde competidores de todo o mundo passam há 19 anos. Agora em 2012, o segundo maior rali do mundo chega a sua vigésima edição. Nacif, que é um dos competidores mais antigos no evento, viu muitas coisas mudarem e o que mais carrega na bagagem é a experiência vivida no rali e aplicada no dia a dia.
Histórias são muitas. Em meia hora de conversa, o empresário mineiro é capaz de contar dezenas de situações vividas no sertão brasileiro. “A cada ano vivo coisas diferentes. O Sertões sempre traz surpresas. Os lugares que passamos são novos a cada ano e cheio de curiosidades”, conta Nacif. A partir do próximo domingo, dia 19, até o dia 28, o piloto e seu navegador Humberto Ribeiro, o Piauí, sairão de São Luís, no Maranhão, e passarão pelo Tocantins, Piauí, Pernambuco e Ceará. No total, serão 4.840 quilômetros de prova.
Os interiores das regiões mais secas e isoladas do Brasil proporcionaram a Nacif ver todo tipo de mudanças: “Conheço mais a realidade dos extremos do país. Nesses 15 de Sertões vi coisas impressionantes. O Brasil mudando, evoluindo, principalmente as regiões mais pobres. Vi a informação chegando mais fácil a regiões mais abandonadas. Vi um grande desenvolvimento das pessoas e das cidades. No Jalapão, por exemplo, antigamente só se chegava com um carro 4x4, pois o acesso era difícil. Hoje a coisa já flui com mais facilidade, com melhora no transporte. O que contribuiu bastante para esse desenvolvimento foi a migração de pessoas de outros estados a essas regiões isoladas, levando cultura e informação”.
Tantas histórias não podiam passar despercebidas na vida deste grande empresário de Belo Horizonte. Nacif aplica o amadurecimento adquirido no Sertões tanto na sua rotina quanto no rali: “O legal do Rally dos Sertões é que você passa todo tipo de emoção, quando vai bem, quando vai mal, quando fica no meio do caminho... Hoje em dia estou mais sereno para fazer a prova, num momento de curtir o rali, estando menos ansioso e mais leve pra encarar os dez dias de Sertões. Diminuir a ansiedade e administrar os problemas pra não abalar nada ajudam na pilotagem e para traçar estratégias do que e quando fazer as coisas. Esse é o aprendizado do rali: o autoconhecimento. Quem souber aproveitar isso consegue se desenvolver muito melhor como pessoa, até para encarar o dia a dia de forma mais madura, mudando atitudes e comportamento em relação aos problemas da vida”.
Luis Carlos Nacif e Humberto Ribeiro estarão na briga pelo título da categoria Pró Brasil, onde participam veículos de motor bicombustível. O carro da dupla é um Protom, desenvolvido pela ProMacchina, com motor Mitsubishi 3.5l, com 245 cv de potência, 38mkgf de torque, câmbio manual de cinco marchas e pode chegar a 180km/h.
Acompanhe diariamente o Diário de Bordo da Equipe Microcity de Rally com as experiências e histórias vividas no 20º Rally dos Sertões pelos releases através do NJNews e na fan page http://www.facebook.com/MicrocityIT. (Fonte: Caroline de Paula)
Leia também:
Cultura britânica aliada a um pouquinho de Brasil encerram Jogos-2012
Veja Mais noticias sobre Esporte