Segundo o levantamento do organismo, desde 1992, desastres naturais como enchentes, furacões, secas e terremotos deixaram um saldo de 1,3 milhão de mortos e um prejuízo de cerca de US$ 2 trilhões em todo o mundo.
Para a representante especial da ONU para o tema, Margareta Wahlström, no entanto, um maior comprometimento dos governos poderia ter evitado resultados tão catastróficos.
“Os números falam por si só. E são surpreendentes se você considerar o que isso significa em termos de oportunidades perdidas, vidas destroçadas, casas perdidas, escolas e unidades de saúde destruídas, perdas culturais”, disse Wahlström.
A crítica foi feita no dia da abertura da Rio+20. O Unisdr defende que a conferência “introduza metas realísticas de desenvolvimento sustentável”, que considerem a redução de riscos de desastres ambientais.
“Não podemos imaginar que exista um novo marco para o desenvolvimento sustentável sem falar em como evitar desastres”, disse à Folha, por telefone da Cidade do Panamá, o chefe do Unisdr para as Américas, Ricardo Mena.
“Não podemos continuar fazendo ordenamentos territoriais, manejo de bacias e projetos de desenvolvimento urbano sem pensar na sensibilidade aos riscos”, acrescentou.
Mena destaca que todos os Estados-membros da ONU assinaram, em 2005, o Marco de Ação de Hyogo, que prevê a identificação e a redução dos riscos de desastres, a educação da população para criar uma cultura de segurança e a preparação para uma resposta eficaz a tragédias ambientais. “Se não aplicarmos o que foi acordado, vamos continuar vulneráveis a essas ameaças”, disse. (Fonte: Isabel Fleck/ Folha.com)
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