O novo espaço foi inaugurado na última quarta-feira, dia 23 de maio.“..O novo Caepi é mais um espaço construído para o melhor da educação ..”, destacou o Prefeito Fattori.

O Casarão leva o nome de José Celega. “Agradecemos.. pela indicação e revitalização que eterniza o nome de nosso avô. Um sonho que ele sempre teve”, afirmou Francisco Fontana, um dos netos do homenageado que estive presente na inauguração.

A entrega alegrou os profissionais da educação. “Todo o apoio de que precisamos quando o assunto é inclusão escolar nós encontramos aqui. São especialistas que guiam pais, professores e toda a equipe pedagógica...”, afirmou a vice diretora da Emeb 'Cel. Francisco Rodrigues Barbosa', Ana Maria Vaz. A vice diretora tem um história antiga com o Casarão, pois, há 30 anos, morou no prédio durante duas décadas.

Neide Vaz, de 72 anos, reside no bairro Alto de Fátima, mas na década de 60 passou a adolescência morando no 'Casarão dos Selega'. “Eles mantiveram as sacadas e todos os detalhes do prédio. É como se fosse antigamente, mas mais bonito. Isso é realmente emocionante”, afirmou Neide.

O Caepi
A instituição conta com uma equipe multidisciplinar formada por psicólogo, pedagogo, fonoaudiólogo e assistente social. Toda a estrutura estará disponível para atender os alunos, com orientação também para as famílias e aos profissionais da educação, preparando os para lidar com o estudante que apresenta dificuldade de aprendizado. Desde 2009, o número de profissionais relacionados ao atendimento da Educação Inclusiva na rede dobrou, passando de 9 para 18.
“..A Educação só vai ser inclusiva se for do tamanho de Itatiba e é nisso que o Caepi vai trabalhar, atendendo, mapeando e dando o devido encaminhamento a cada aluno e caso”, disse a Secretária da Educação, Profª. Fatima Polesi Lukjanenko.

Obras e acessibilidade
Segundo a Prefeitura,”A intervenção .. no antigo Casarão promoveu uma completa revitalização do local, com reforço da estrutura em material metálico, restauração completa do piso em madeira e da pintura interna e externa, além da construção de dois sanitários acessíveis e da instalação de uma plataforma elevatória para acesso dos portadores de mobilidade reduzida.”
“..A estrutura antiga do Casarão trouxe uma série de desafios. Entre eles, a necessidade de reforço metálico para proteger a estrutura, contendo-a e permitindo a restauração. Trata-se de uma obra complexa..”, afirmou o Secretário de Obras e Serviços Públicos, Otto Junqueira Cintra.

Cássia Regina Amadeo Pistori, 47 anos, é arquiteta especializada em acessibilidade e membro voluntária da Comissão Municipal de Acessibilidade que direciona o Programa Itatiba Mais Acessível. “Vejo esta obra com bons olhos, pois une a audácia de praticar adaptações acessíveis em um prédio que é patrimônio cultural e histórico do município...”, afirmou a especialista.

História do Casarão
A edificação deste belo imóvel em estilo veneziano foi levada adiante por Giuseppe Tosadori, imigrante italiano natural de Sanguinetto, província de Verona que chegou a Itatiba em 1896.

Já casado com Ernesta Luigia Dusi, o casal e os três filhos Ancilla, Caetano e Júlio, residiam na parte superior do imóvel enquanto o térreo servia como armazém. Giuseppe Tosadori era um exímio fabricante de queijos e Ernesta se especializou na produção de massas. Os dois produtos eram vendidos no armazém para os sitiantes que residiam nas imediações da antiga estrada de Campinas.

Após o falecimento de. Giuseppe Tosadori, em 1905, sua viúva casou-se pela segunda vez com Vitor Selega, também imigrante italiano, nascido em Potenza, em 9 de maio de 1873, filho de Antonio e Maria Selega. Vitor veio para Itatiba em 1889.

Assumindo o armazém, a nova família e o imóvel, tornou-se um grande comerciante e benemérito da cidade, tendo sido um dos fundadores da Sociedade Garibaldi de Mutuo Socorro.

Vitor Selega veio a falecer no dia 7 de novembro de 1948, aos 75 anos de idade. Deixou o filho José Celega, que por um erro cometido pelo cartório de registro civil da época teve seu sobrenome grafado com C e não com S como o restante da família. (Fonte: ACPMI)

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