Quarenta e oito anos depois que a geração de Pelé, Coutinho, Mengálvio, Dorval e Pepe conquistou o Mundo por duas vezes, o Santos tem nova oportunidade de fazer história e se tornar a melhor equipe de futebol do planeta
O time comandado por Neymar não fez uma boa partida coletivamente --o adversário teve mais posse de bola durante toda a partida e finalizou mais a gol--, mas contou com a qualidade individual dos seus craques bateu o Kashiwa Reysol, do Japão, por 3 a 1 e se classificou para a decisão do Mundial de Clubes.
Agora o time brasileiro espera que o Barcelona supere o Al Sadd, do Qatar, para que o duelo mais aguardado do ano se realize no próximo domingo, na final do torneio.
O time japonês vai disputar a decisão pelo terceiro lugar da competição contra o perdedor de Al Sadd e Barcelona, também no domingo.
Apesar de ter acertado a trave do Kashiwa logo com 2min de jogo, o Santos não se sentia à vontade em campo. Neymar tentava, driblava, mas não levava o time ao ataque.
O Kashiwa jogava à vontade e chegou a dominar a partida. Até os 17min, chegou a ter 57% de posse de bola. Mas só chegava através dos chutes da intermediária dos brasileiros Jorge Wagner e Leandro Domingues. Foi quando o craque santista apareceu e decidiu.
Ganso acionou Neymar na entrada da área. O camisa 11 deu drible desconcertante em Otani, deixando-o sentado no chão e bateu colocado de canhota no ângulo de Sugeno, que ficou estático no centro do gol. Santos 1 a 0 aos 19min.
Quatro minutos mais tarde e a partida estava decidida. Foi quando Durval achou Borges. O centroavante dominou, girou e chutou, assim como Neymar, no ângulo. Era o segundo tento santista.
Depois que a vantagem era segura, o Santos passou a trocar mais passes em busca de mais gols, mas também soube ficar esperando o Kashiwa em seu campo de defesa, na esperança de encaixar algum contra-ataque.
O surpreendente é que os donos da casa seguiam com mais posse de bola. Mas só ameaçaram em um chute de Jorge Wagner que Rafael espalmou.
O jogo era tranqüilo para a equipe brasileira. E o segundo tempo começou como terminou o primeiro, com o Santos trocando passes sem pressa e buscando o terceiro gol. E teve a chance logo no início, quando Neymar acionou Danilo, mas o lateral direito foi parado por Sugeno, que fez grande defesa.
Aí os donos da casa resolveram colocar emoção na partida. Jorge Wagner cobrou escanteio, a zaga do Santos vacilou e viu Sakai subir sozinho para diminuir aos 9min.
Aí o time brasileiro viveu alguns momentos de instabilidade, com o Kashiwa crescendo na partida, pressionando.
Até que mais uma vez a individualidade apareceu e o Santos voltou a ficar tranqüilo. Danilo sofreu falta na intermediária. O próprio lateral direito bateu com maestria, com direito a muito efeito, e se redimiu do gol que havia perdido no inicio da segunda etapa. Santos 3 a 1 aos 18min.
Depois do terceiro tento santista, o que se viu foi a repetição do maior domínio dos donos da casa. Aos poucos e com muita vontade, o Kashiwa foi chegando ao gol defendido por Rafael. Nakajima, por cima, e Sawa, na trave, foram os que mais levaram perigo.
O fim de jogo foi eletrizante. Sawa, livre na pequena área, desperdiçou outra grande oportunidade. Ibson respondeu acertando o travessão. A partida era lá e cá. Com os dois ataques superando as defesas. Mas não saiu mais nenhum gol e o Santos classificou-se para decisão do Mundial.
Foi tudo registrado pelo cinegrafista oficial do Barcelona: os vacilos nos primeiros 15 minutos, quando a posse de bola chegou a ser de 52% para o Kashiwa Reysol contra 48% para os santistas, as arrancadas de Sakai pelo lado direito e os dribles e golaço de Neymar. E de Borges, outro golaço. (Fonte: THIAGO BRAGA/Folha.com/ Adilson Barros e Cassio Barco/Globo.com)
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