O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste domingo (28) que a situação de emergência provocada pelo furacão Irene ainda não acabou e que os esforços para a recuperação poderão levar vários dias ou semanas na costa leste do país
“Não acabou. Os impactos dessa tempestade serão sentidos por algum tempo”, disse Obama, em uma curta declaração no jardim da Casa Branca.
A passagem do furacão Irene pela costa leste dos Estados Unidos neste fim de semana deixou um rastro de destruição, desabrigados, mais de 10 mil voos cancelados, milhões sem energia elétrica e, ao menos, 15 mortos em diferentes estados do país. De acordo com a emissora de TV americana CNN, às 21h, o número de mortos chegava a 19, mas, no horário, a informação ainda não tinha sido confirmada pelas agências internacionais.
Na manhã deste domingo (28), no entanto, o Irene perdeu força e foi reclassificado como tempestade tropical pelo Centro Nacional de Furacões (NHC, sigla em inglês) dos Estados Unidos. O boletim do NHC, divulgado às 9h (10h, em Brasília), apontou que a velocidade dos ventos diminuiu de 120 km/h (registrada às 8h), para 105 km/h. Nesta intensidade, o Irene não é mais considerado um furacão.
Apesar do furacão ter perdido força, Obama pediu que as pessoas permaneçam vigilantes. A principal preocupação das autoridades, agora, é com a falta de energia elétrica e com a cheia dos rios e inundações causadas pelo Irene. Durante pronunciamento, Obama também pediu que a população continue a prestar atenção aos avisos das autoridades locais nos próximos dias.
Nova York – Com o fim da passagem do Irene, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, anunciou o fim do estado de emergência nesta tarde. No entanto, Bloomberg recomendou que a população só comceçasse a retornar às casas a partir das 18h, para dar tempo de engenheiros e especialistas fiscalizarem os prédios danificados. Quase 400 mil pessoas tiveram de deixar a região sul da ilha de Manhattan. No vizinho estado Nova Jersey, 1 milhão de pessoas foram retiradas da área costeira.
Bloomberg ressaltou que boa parte da cidade sofreu danos graves, provocados pelas inundações e, por isso, pediu cautela da população, especialmente ao entrar em elevadores. Além das áreas inundadas, milhares de árvores foram derrubadas e há lixo espalhado. Ventos fortes ainda são esperados nas próximas horas.
Quando ainda era um furacão, o Irene passou pela cidade de Nova York, no leste do país, provocando chuva e fortes ventos neste domingo. O nível da água do mar ficou alto e invadiu galerias subterrâneas.
Nova York, famosa pela agitação, chegou a ficar totalmente parada – até o barulho do metrô foi silenciado pela primeira vez em anos. Todo o sistema de transporte público foi interrompido. Cerca de 40 mil casas ficaram sem energia elétrica e muitas ávores caíram, interditando ruas e destruindo carros.
Irene chegou à costa leste do país classificado como de categoria 1 (de menor intensidade, em uma escala que vai até 5), com ventos que atingiam a velocidade de 140 km/h, de acordo com o NHC.
Por causa do furacão, autoridades determinaram o fechamento dos aeroportos de NY a partir das 22h deste sábado (23h em Brasília). A decisão afetou o La Guardia, o John F. Kennedy International e o Newark. A previsão é que os aeroportos de Nova York só voltem a operar nesta segunda-feira (29). Até a tarde deste domingo, mais de 10 mil voos tinham sido cancelados em todo o país.
O serviço de transporte público de Nova York também foi prejudicado, com a interrupção do funcionamento do metrô e da circulação de ônibus.
Mortes – Até a tarde deste domingo, somente nos EUA, o furacão causou a morte de, pelo menos, 15 pessoas. Outras seis morreram no Caribe durante a passagem do Irene dias antes.
No estado da Carolina do Norte, onde o Irene tocou a terra às 7h30 do horário local (8h30 de Brasília) deste sábado, ao menos seis pessoas morreram por causa do furacão. A Virgínia contabiliza três mortos. Nova Jersey tem duas mortes. Os estados de Connecticut, Flórida e Maryland contabilizam uma morte, cada, por causa do furacão.
De acordo com autoridades locais, muitas destas mortes mortes foram causadas por acidentes de trânsito e quedas de árvores. Entre as vítimas, está um garoto de 11 anos, que morreu após uma árvore atingir o apartamento onde ele morava.
Emergência – Ao todo, sete estados dos EUA entraram em emergência no país. Cerca de 2 milhões de pessoas foram orientadas a sair de casa, entre elas, o presidente norte-americano, Barack Obama, que interrompeu as férias na região neste sábado e se deslocou à sede da Agência Federal para a Gestão de Emergências (Fema) para acompanhar a passagem do furacão Irene.
Ressaca ‘extremanete’ perigosa – Este é o primeiro ciclone que chega ao território dos EUA desde 2008, quando Ike tocou a terra em Galveston, no Texas. O Irene começou a dar seus primeiros sinais ainda nesta sexta-feira (26), quando o litoral da Carolina do Norte foi atingido por fortes ventos, chuvas torrenciais e ressaca.
Segundo o instituto, o Irene chegou a alcançar, nesta sexta, o nível 3 na escala Saffir-Simpson, com ventos a uma velocidade de 170 km/h, e chegou a possuir a mesma categoria do Katrina, o furacão que devastou Nova Orleans em 2005, deixando 1,7 mil mortos. (Fonte: G1)
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