Fonte: Divulgação [-] [+]
Quem sugeriu o nome, procurado no livro “O Nome do Bebê”, foi a prostituta Ritinha, proprietária da boate “Saudades de Matão”, onde Dino comemorou o nascimento da filha.
Dino era conhecido como o “rei da zona”, devido as suas atribuições nos últimos anos, em que foi encarregado do fichário das “meretrizes” daquela cidade, e tudo que se relacionasse com a “vida mundana”.
Astréia cresceu, tornou-se uma bela moça, e seguiu a carreira do pai, ou seja, também se fez investigadora. Iniciou a vida profissional na mesma delegacia onde seu pai trabalhou, e deixou muitas amizades e respeito.
Astréia, do pai herdou a vocação para a profissão, o jeito “safado de ser” e uma pistola calibre 45; herdou também um blusão de couro de antílope, com o emblema do FBI. Segundo Dino, esse blusão ele ganhou “em serviço”, ... não explicando como. Mas a versão dos policiais amigos de Dino, era de que, quando aqui esteve uma equipe do FBI, procurando uma quadrilha que falsificava dólares, Dino foi o policial encarregado das diligências com os americanos, e numa folga, os gringos pediram ao Dino, que os levasse conhecer os prazeres da carne (... ); na verdade queriam ir à uma churrascaria tipo rodízio, mas Dino os levou para a casa de Ritinha para conhecer suas amigas; e lá tomaram um porre internacional e um policial americano perdeu o blusão, posteriormente encontrado pelas raparigas e entregue ao Dino.
Astréia tinha namorado, mas paquerava todo mundo. Na opinião dos colegas era uma “gostosona” devido as suas formas, e a maneira como se vestia; sempre usava roupas justas, e não fazia segredo, de que não usava roupas de baixo. Era um avião ...
Por parte dos demais policiais havia um respeito muito grande por Astréia, pelo que seu pai representava: um tira linha de frente, um policial à moda antiga.
Mas Deus faz e o Diabo junta. O destino colocou Astréia para trabalhar com Miroldo, tira mais antigo, mais experiente e com muito sucesso entre as mulheres.
Os inimigos o chamavam de “estômago de hiena”, por traçar tudo o que era resto; na verdade não era bem assim. Miroldo se dedicava às conquistas amorosas; possuía uma centena de amigas de “rendez-vouz”. Era um verdadeiro “Dom Juan”.
Miroldo a princípio, mantinha um respeito sacerdotal com Astréia, mesmo porque era amigo de Dino, e acreditava ter sido ele que a indicara para trabalhar consigo. Já da parte de Astréia, esse respeito sacerdotal, não existia com o colega; quando estavam a sós, ficava liberada, desbocada, em atitude de provocação. Nessas oportunidades Astréia queria saber do colega sobre a vida mundana de seu pai, o porque de tanto sucesso entre as putanas. Miroldo não abria a boca, desconversava, saia pela tangente.
Miroldo começou a acreditar que sua colega estava lhe “dando mole”, por outro lado, ponderava que isso era impossível, visto que, a moça era de boa família, faixa preta, era mestra de tiro com a 45, e qualquer passo em falso seria fatal; por outro lado, ele não precisava de uma nova conquista, com a mulherada que já tinha.
Miroldo procurou o encarregado da escala de serviço, o tira Marcelinho, vulgo Telesena, (dá de hora em hora), gay assumido, seu fã e protetor, e solicitou um favor: pediu-lhe que o escalasse em um local, com sua colega, onde pudesse acontecer alguma coisa entre ambos.
Telesena os escalou juntos, num serviço noturno, no “Motel Sonho de Viúva”, à espera de um traficante de drogas.
Miroldo foi para o serviço, e para se encorajar tomou dois “rabos de galo”; percebeu que Astréia, assim que chegou ao Motel, pediu um scoth duplo cowboy.
Estavam aguardando o traficante dentro do carro, quando num determinado momento tiveram que ir para um local escuro e apertado. Astréia tomou a dianteira e Miroldo foi na retaguarda; e tão logo chegaram ao local, Miroldo já foi se encostando, se roçando atrás da colega, que vestia uma calça justa e transparente. Porém, assim que o sentiu, Astréia, virou-se rapidamente, empunhando a 45 na mão esquerda, apontou a para o colega, que tremia como se estivesse com doença de "São Guido”. E com a outra mão agarrou-o pelos cabelos da nuca, puxou-o contra sua boca grande, de lábios carnudos, e antes de beijá-lo, disse:
- Você tem meia hora para se desencostar daí !
José Wagner Sampaio é Advogado
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