Mudar a cor das nuvens e injetar aerossóis nas camadas altas da atmosfera podem servir para combater as mudanças climáticas, avaliaram em uma reunião especialistas internacionais em geoengenharia convocados por um programa das Nações Unidas, esta quarta-feira (22), em Lima
Os cientistas pertencem ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), organismo criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e cujo objetivo é propor medidas de mitigação para as mudanças climáticas.
Christopher Field, do Instituto Carnegie para a Ciência, dos Estados Unidos, disse durante entrevista coletiva, após dois dias de reuniões a portas fechadas, que uma destas “tecnologias complexas seria mudar a cor do brilho das nuvens” e outras bastante simples como a semeadura de árvores.
Ele afirmou que é preciso avaliar o impacto que esta tecnologia poderia ter “sobre o clima, os oceanos, as pessoas, os sistemas sobre o clima, os oceanos, as pessoas, os sistemas terrestres e nas pessoas”.
“Estamos nas etapas iniciais de um estudo destas novas tecnologias, que poderiam ser úteis ou não para responder às mudanças climáticas”, explicou.
Thomas Stocker, co-presidente do IPCC e catedrático da Universidade de Berna, na Suíça, informou que entre os modernos métodos também está a possibilidade de “a injeção de aerossóis nas camadas altas da atmosfera e da estratosfera”.
Mediante estas novas tecnologias seria possível reduzir os níveis de radiação solar sobre a vida terrestre e reduzir os efeitos do aquecimento global, acrescentou.
Outro cientista, Ottmar Edenhofer, do alemão Instituto Potsdam para a Pesquisa das Mudanças Climáticas, considerou que se devem avaliar todas as ações para enfrentar o problema das variações climáticas.
Por isso, analisou-se “o uso da captura e armazenamento de dióxido de carbono a partir de grandes fontes para levá-las a sítios geológicos, onde seria armazenado”, destacou.
Os cientistas concordaram em que o IPCC está submetendo estas novas tecnologias a uma “avaliação compreensiva como diferentes opções para a mitigação das mudanças climáticas”. (Fonte: Portal iG)
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