Segundo a assessoria de comunicação do legislativo Itatibense, "Ocorreu na noite desta terça-feira(6), a 97ª Sessão Extraordinária da Câmara Municipal de Itatiba. Na ocasião, foram ouvidos o secretário municipal de Saúde, Fábio Nani, e o secretário adjunto de saúde, Carlos Lemes.
Durante a fala inicial, Fábio Nani falou sobre o principal assunto da noite: a contratualização com a Santa Casa. “Todos nós gostaríamos de ver a Santa Casa cada vez mais apta para atender à população. Nesse sentido, eu e o Dr. Carlos aceitamos o desafio de comandar a pasta da saúde. Diante do ambiente difícil que encontramos, teremos que usar a criatividade”. Para Carlos Lemes, “é o momento de ajudar a cidade para fazer uma saúde melhor para todos”.
Perguntas dos vereadores
O vereador Sérgio Rodrigues (Cidadania) questionou os secretários sobre o contrato com a Fundação ABC, que coordena os postos de saúde. “O que será mudado no atendimento de UBS e PSF para desafogar a Santa Casa?”. Ele também criticou a situação da fisioterapia, que, segundo o edil, prestava um atendimento de excelência, o que não mais ocorre atualmente.
“O contrato com a Fundação ABC foi efetivado hoje. Estamos fazendo um trabalho de regulação para adequar os atendimentos dos pacientes – onde devem se encaminhar de acordo com cada caso. Isso contribui para desafogar o atendimento da Santa Casa e diminui a quantidade de especialistas pelos quais o paciente vai passar. Já existe um projeto na Secretaria de Saúde para a construção de um Centro de Fisioterapia, até com verba à disposição para isso”, disse Fábio.
O vereador perguntou ainda sobre o andamento do contrato com a Santa Casa.
Fábio explicou que “o orçamento da Saúde é complexo e depende de verbas federais, estaduais e outras subvenções. O tempo de chegada dessas verbas não coincide com as demandas do hospital. Isto é o que precisamos adequar. Neste impasse, o mais importante é o diálogo.”.
Sidney Ferreira (PSDB) questionou se a Prefeitura vem cumprindo o plano de governo no que tange à valorização da Santa Casa.
“A integração da Santa Casa com a UPA representa uma tentativa da Administração de cumprir com a promessa de governo. Estamos trabalhando com a tecnologia como aliada. A ideia é tornar todas as demandas da saúde públicas, para facilitar a transparência e melhorar a qualidade dos serviços. Foi repassado um adicional de R$ 2,5 milhões quando o hospital passou a atender serviço de hemodiálise e a UPA”, respondeu Fábio.
Em relação às cirurgias,
Eduardo Pedroso (Cidadania) indagou a respeito daquelas previstas no contrato com a Santa Casa.
“O fluxo de cirurgias foi normal nesses meses que se passaram. As que estão faltando são as que não estão no contrato. Temos feito mais cirurgias eletivas do que emergenciais. É muito pontual o fato de suspender uma cirurgia eletiva por conta de uma emergencial. É preciso discutir e prever o que pode ser feito pela Santa Casa no novo contrato”, relatou Carlos.
Cornélio da Farmácia (PSDB) perguntou se a Santa Casa já deixou de fazer procedimentos pagos pela Prefeitura.
Em resposta, Carlos afirmou que “o que ficou faltando para o atual contrato funcionar é compensar no próximo mês aquelas cirurgias que não foram realizadas e foram pagas – algo que é feito entre outros hospitais/convênios e prefeituras. É preciso haver irmandade entre as partes. Se foram pagas vasectomias e não foram feitas, no próximo mês o hospital pode fazer varizes, por exemplo”.
Ainda sobre a questão das cirurgias,
Leila Bedani (PV) questionou a respeito das vasectomias e do planejamento familiar, que, de acordo com a vereadora, não tem sido feito pela Prefeitura.
Para Fábio, “é importante que seja retomado o planejamento familiar. A expectativa é que no Novembro Azul tenhamos mutirão de vasectomia, assim como é feito no Outubro Rosa, em relação à mamografia”.
A vereadora também questionou a contratação de especialistas devido à grande fila existente e os atendimentos de pacientes fora do município. Ela ainda interrogou sobre a demanda de exames e o estudo para construção do novo hospital.
Em relação às filas, Fábio afirmou que a secretaria está pensando em soluções, como contratação de profissionais e utilização de equipamentos. Em relação à realização de procedimentos fora de Itatiba, o secretário declarou que foi firmada parceria com o Hospital Itatiba (entre outros), para o paciente não precisar se deslocar. “Isso é o modelo de gestão que temos feito. O paciente tem que ser bem tratado em qualquer lugar”.
Sobre os exames, o secretário adjunto complementou que a secretaria deve levantar a real necessidade de sua realização. Em relação ao deslocamento dos pacientes, Carlos informou que alguns procedimentos podem ser feitos em Itatiba, mas não no volume necessário. Já em relação ao estudo, respondeu: “A construção de um novo hospital é extremamente complexa”.
Willian Soares (Solidariedade) perguntou sobre medicamentos fornecidos pelo SUS.
Em resposta, Fábio disse: “no município, hoje, a grade de medicamentos essenciais está praticamente completa. São mais de 190 itens que cumprimos quase na totalidade – faltam de quatro a seis medicamentos. Já os remédios de alto custo são fornecidos pelo Estado e faltam para todas as cidades”.
Prefeito convidado
Conforme o requerimento 165/2019, de Cornélio da Farmácia, aprovado na 112ª Sessão Ordinária, o prefeito Douglas Augusto foi convidado a comparecer à Sessão Ordinária desta quarta-feira (7). O objetivo é prestar esclarecimentos sobre a saúde no município. Segundo o presidente Ailton Fumachi (PL), a celeridade em ouvir as autoridades se deve ao prazo de 60 dias dado pela Justiça para celebrar o novo acordo entre a Prefeitura e a Santa Casa. " (Fonte: ACCMI)
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