O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato de senador e do deputado Rocha Loures (PMDB-PR) do mandato de deputado federal. O relator da Lava Jato Edson Fachin, no entanto, negou o pedido apresentado da Procuradoria Geral da República (PGR) para prender o parlamentar tucano. Fachin ressaltou que cabe ao plenário do Supremo analisar o pedido de prisão de Aécio.
Vale destacar que a Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta-feira mandado de busca e apreensão em um apartamento do senador Aécio no Rio de Janeiro, no bairro de Ipanema, em um desdobramento da operação Lava Jato. O apartamento da irmã dele, Andrea Neves, em Copacabana, também é alvo de busca e apreensão e ela é alvo de um mandado de prisão. Por volta das 8h40, ela foi presa em Belo Horizonte. O primo de Aécio Frederico Pacheco de Medeiros, que teria sido filmado recebendo R$ 2 milhões a mando do empresário Joesley Batista, também foi preso.
Imagens da emissora mostraram agentes da PF entrando em um prédio de frente para a praia de Ipanema onde o senador, que também é o presidente do PSDB, tem um apartamento, segundo a Globo.
Em Ipanema, um chaveiro foi chamado para auxiliar o trabalho dos agentes, uma vez que ninguém foi encontrado para abrir a porta no apartamento do senador, que já responde a seis inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Por volta das 6h25, os agentes conseguiram entrar no apartamento após acionar um chaveiro para abrir a porta.
A PF também cumpre mandados judiciais em gabinetes no Congresso Nacional, incluindo Aécio, senador Zezé Perrela (PSDB-MG) e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
Os investigadores confirmaram a prisão de um procurador da República, que trabalha no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e do advogado Willer Tomaz, supostamente ligado ao deputado cassado e atualmente preso Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A Justiça também determinou o cumprimento de mandados no TSE.
A operação, um desdobramento da Lava Jato, foi deflagrada depois que Aécio foi gravado pedindo 2 milhões de reais ao empresário Joesley Batista, um dos donos do frigorífico JBS.
Procurada, a Polícia Federal disse que irá se manifestar "assim que for possível". (Fonte: Lara Rizério/InfoMoney com Reuters)
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