A proposta do governo Temer para a reforma previdenciária imporá idade mínima de 65 anos para homens e mulheres. De acordo com reportagem da rede Globo, o texto já está fechado e resta apenas o envio ao Congresso, cuja data será ainda definida.
"O primeiro sistema previdenciário, de 1934, do governo do presidente Vargas, a idade mínima era de 65 anos. Lá, a expectativa de vida era de 37 anos. Hoje, queremos idade mínima de 65 anos com expectativa de vida de 78 anos", disse Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil, em entrevista no Jornal Nacional da noite de quinta-feira.
Antes de adotar a medida, o governo pretende convencer a população da urgência da reforma. “Veja como o mundo resolveu essas questões. O mundo resolveu com a idade mínima. O Brasil não vai querer ser o ‘Joãozinho’ do passo certo. Também vai resolver com idade mínima, porém nós não vamos criar esse sistema agora”, disse Padilha.
Quem será atingido
A nova regra, segundo o texto, passará a valer imediatamente para homens que têm menos de 50 anos de idade. Para mulheres e professores, a idade de transição é 45 anos.
Pessoas que já têm mais de 50 anos ainda seguirão a regra atual, que não tem idade mínima – pagando uma espécie de “pedágio” proporcional ao tempo restante para a aposentadoria. Hoje, podem aposentar-se homens com 35 anos de contribuição ou 95 anos da soma de tempo de contribuição e idade. No caso das mulheres, o tempo é de 30 anos ou soma de 85.
A reforma previdenciária é uma das prioridades do governo atual. De acordo com a administração pública, o déficit da Previdência Social deve chegar a R$ 200 bilhões em 2017. (Fonte: Paula Zogbi/InfoMoney)
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