O ensino superior é fundamental para ampliar o conhecimento dos indivíduos acerca do mercado de trabalho e sua área de atuação, além de ser uma forma de garantir remunerações mais elevadas. O Brasil sofre com a carência de profissionais qualificados, uma vez que limita o acesso da população aos estudos, seja pela pouca oferta de vagas nas universidades públicas, seja pelos preços exorbitantes cobrados pelas instituições privadas. É o que mostra um levantamento realizado pelo shopping de bolsas de estudos e comparação de faculdades, o Quero Bolsa.
O relatório, que traz os dados do primeiro semestre de 2016, apresenta o preço médio dos cinco cursos mais buscados em todo o Brasil (Direito, Administração, Enfermagem, Psicologia e Educação Física), assim como, as diferenças de valores entre as cinco principais cidades em que o programa atua: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília e Fortaleza.
Ao todo são 500 faculdades participantes, metade da capacidade nacional, e o intuito, de acordo com Pedro Balerine, gerente de Inteligência de Mercado do Quero Bolsa, é ampliar cada vez mais a abrangência do programa: “Nosso objetivo é fechar o gap entre o que o mercado precisa e o que ele tem, para analisar de forma mais completa e poder atuar no mercado de forma mais profissional”.
Dentre os cursos mais procurados, Direito é o mais caro, com preço médio de R$ 86.338,17 em Brasília pelos cinco anos de curso. Já em São Paulo, o curso de Direito tem preço médio de R$ 52.943,85. A disparidade de preços também pode ser percebida no curso de enfermagem, por exemplo, que pode custar R$ 33.540,25 em São Paulo e até R$ 63.055,76 em Brasília. “Brasília é a cidade em que a maioria das pessoas trabalha no funcionalismo público, então o desemprego não é um fator muito influente e as empresas esticam mais os preços. As pessoas têm mais estabilidade e consequentemente, pagam mais”, explica Balerine. E completa: “Já São Paulo é uma das cidades mais afetadas pela crise e pela concorrência entre as faculdades, o que resulta em uma pressão maior para abaixar os preços”.
A crise político-econômica também tem afetado o ensino superior brasileiro. De acordo com Balerine, um dos principais fatores que inviabilizam o acesso à graduação são os altos custos oferecidos pelas faculdades particulares, que dificultam ainda mais a inscrição de novos participantes neste período de cortes orçamentários. Ele reforça que o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) que antes facilitava a entrada de novos alunos por permitir o financiamento dos estudos, já não atua mais e deste modo, as pessoas voltaram a ficar sem outra opção para pagar pelas aulas.
“As faculdades se expandiram com o FIES e agora que os alunos estão mais sensíveis aos preços, elas estão tentando preservar suas captações, dando mais bolsas de estudo para colocarem mais alunos dentro da sala de aula”, diz.
O surgimento da educação à distância, porém, surge como uma alternativa para um ensino de qualidade a preços acessíveis. Segundo Balerine, este módulo aumenta o alcance de alunos ao permitir que aqueles que moram no interior possam ter acesso às aulas e também, por viabilizar a aprendizagem daqueles que não têm condições de pagar pelo curso presencial.
Confira o total gasto em mensalidades: Preço Cheio das Mensalidades (multiplicado X) por 12 (multiplicado X) pela duração em anos, de acordo com dados do Quero Bolsa. Clique na foto abaixo para ampliar. (Fonte: Por Mariana d'Ávila/Infomoney)
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