Um leitor mandou recentemente a seguinte pergunta: “Meu filho tem 8 anos e resolveu fazer um plano pra ficar rico quando crescer. Decidiu guardar 80% da mesada e outros trocados que ganha e gastar os outros 20%. Ele já tem conta no banco e pouco mais de R$ 100 reais da primeira mesada. Qual investimento seria o ideal pra ele?”
Os assessores de investimento responderam elogiando a iniciativa da criança e incentivando o pai a manter este espírito de educação financeira no filho. O assessor Daniel Guedine Serafini, da Performance Invest, disse que para um prazo bastante longo como o desta criança, uma opção muito interessante são os títulos públicos atrelados à inflação (Tesouro IPCA+) de longo prazo. Estes títulos remuneram o investidor com uma taxa prefixada definida no momento da compra mais a inflação do período. “As taxas estão em um patamar bastante alto. Esses títulos devem se valorizar mais que os outros quando a economia brasileira melhorar e os juros caírem”, acredita Serafini.
Os títulos públicos atrelados à inflação costumam ser muito indicados para quem quer fazer uma poupança de longo prazo, pensando na aposentadoria ou mesmo no futuro dos filhos. Isso porque eles unem a proteção contra a alta dos preços com a segurança de uma aplicação garantida pelo governo federal – o risco de crédito, portanto, é o menor do mercado.
O próprio site do Tesouro Direto mostra simulações para quem quer usar os títulos públicos como uma poupança de longo prazo. Para um objetivo com prazo de 20 anos, como pagar a faculdade do filho no valor de R$ 200 mil, seria necessário aplicar R$ 236,81 por mês em uma título Tesouro IPCA+ 2035 (NTNB Principal) – considerando uma taxa de rentabilidade 6,57% a.a. e uma inflação de 4,5% ao ano.
Mas é importante lembrar que estes títulos têm volatilidade e se o investidor optar por resgatar antes do prazo de vencimento pode até perder dinheiro. Por isso, este valor deve realmente servir para objetivos de longo prazo da criança.
Para aplicar é preciso cadastrar-se no site do Tesouro Direto e abrir uma conta em uma corretora de valores – ou usar a corretora do seu próprio banco. O processo é simples e não toma muito tempo. Caso você já tenha conta em corretora, fica ainda mais fácil. E lembre-se: o Tesouro disponibiliza reinvestimento automático e compra programada. Estas funcionalidades devem ser utilizadas principalmente pelos investidores de longo prazo e que compram títulos periodicamente, como é o caso do leitor.
O assessor de investimentos Márcio Lima, da Way Investimentos, também disse que uma opção é comprar ações de empresas que pagam bons dividendos, pensando no longuíssimo prazo. “As altas e baixas da bolsa não influenciam este plano”, afirma.
Se optar pela compra de ações vai ser necessário uma análise das empresas e das expectativas de dividendos. Neste caso, o ideal é buscar ajuda de especialistas ou seguir a recomendação de analistas das corretoras. (Fonte: Diego Lazzaris Borges/Infomoney)
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