Além dele, os brasileiros João Havelange, ex-presidente da Fifa, e Ricardo Teixeira, ex-mandatário da CBF, estão sendo investigados no caso, por conta de um suposto escândalo de propina de US$ 100 millhões - o equivalente a R$ 375 milhões.
Segundo a BBC, a companhia de marketing esportivo ISL pagou a executivos - entre eles o trio citado acima - US$ 100 milhões em propinas. Em retorno, a empresa garantia contratos de marketing e transmissão extremamente lucrativos. A reportagem da BBC é um especial que será transmitido nesta segunda-feira e conta com informações obtidas pelo jornalista Andrew Jennings, um dos grandes investigadores dos escândalos da Fifa.
Jennings teve acesso a uma carta mandada ao FBI, supostamente escrita por Havelange, em que se expõem os pagamentos recebidos pela ISL. Ela diz que Blatter tinha "total conhecimento de todas as atividades" e "sempre foi informado" delas. Ela está incluída em um pedido à Suíça para que o país ajude nas investigações. A organização norte-americana pede por arquivos de investigações suíças e afirma que "entre outras coisas, o promotor do caso está investigando as afirmações de Havelange que implicam Blatter".
Em 2010, Blatter conseguiu passar ileso por uma investigação suíça de recebimento de propina da ISL, junto a Havelange e Teixeira. Em 2013, ele negou participação ao comitê de ética da Fifa e foi inocentado.
Blatter foi o braço direito de Havelange até suceder o brasileiro no comando da Fifa em 1998. O presidente demissionário da Fifa enfrenta na Suíça um caso penal por "suspeitas de gestão desleal e abuso de confiança". Também está sendo um investigado um pagamento de dois milhões de francos suíços que Blatter fez a Michel Platini, presidente da Uefa. Os dois estão suspensos por 90 dias.
O programa também promete revelar novas evidências de que houve irregularidades na votação que elegeu o Qatar como sede da Copa de 2022. (Fonte: UOL)
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