Em Bruxelas, o calor foi tanto que cerca de 200 pessoas, a maior parte adolescentes, participaram de uma “batalha de água” gigante nesta sexta-feira (3). A temperatura atingiu 31ºC na capital da Bélgica.
Em uma análise de dados em tempo real divulgada nesta sexta, uma equipe internacional de cientistas do clima de universidades, serviços de meteorologia e organizações de pesquisa declarou que o tipo de onda de calor que atingiu o continente europeu esta semana está se tornando mais frequente na região.
A onda de calor é definida como período de três dias seguidos de temperaturas muito elevadas.
Em De Bilt, na Holanda, por exemplo, uma onda de calor como a que está prevista para os próximos dias é um evento que ocorreria uma vez a cada 30 anos, aproximadamente, nos anos 1900, de acordo com os cientistas. Agora, é provável que aconteça a cada três anos e meio, disseram.
Em Mannheim, na Alemanha, uma onda de calor como a dos últimos dias teria acontecido uma vez por século nos anos 1900, mas agora pode se fazer sentir a cada 15 anos, afirmaram.
Londres também teve o dia mais quente de julho já registrado na quarta-feira (1º), quando as temperaturas no Aeroporto de Heathrow chegaram aos 36,7°C, enfatizaram os cientistas.
À medida que as ondas de calor se tornam mais frequentes, “fica claro para um público muito mais amplo que isso está ligado à mudança climática e que estamos diante de algo que se tornará normal”, disse Maarten van Aalst, diretor do Centro do Clima da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
A análise das ondas de calor, que contemplou cinco cidades europeias, é parte de um programa da Atribuição Climática Mundial, liderada pela Central do Clima, uma organização de jornalismo científico sediada nos Estados Unidos, e apoiada por cientistas de organizações de todo o mundo, incluindo a Universidade de Oxford, a Universidade de Melbourne, o Instituto Real de Meteorologia da Holanda e da Central do Clima de Van Aalst. (Fonte: G1)
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