Fonte: Divulgação [-] [+]
Os membros da iniciativa “Salve o Everest” subiram 8.700 metros dos 8.848 do Everest entre os dias 22 de abril e 28 de maio e recolheram resíduos que, em sua maioria, foram levados para Katmandu.
“Quando íamos ao exterior nos perguntavam o que fazíamos com os resíduos, portanto em 2008 planejamos lançar uma expedição”, afirmou à Agência Efe Wongchu Sherpa, coordenador da missão e presidente da Associação de Escaladores do Everest.
O governo nepalês aprovou em 1996 uma norma permitindo o depósito de lixo incinerável no povoado de Namche Bazaar, próximo à montanha, onde está instalado o Comitê de Controle de Poluição de Sagarmatha (nome nepalês para o Everest), órgão encarregado de queimar os resíduos.
De aspecto imaculado, o Everest esconde lixo que vai desde cilindros de oxigênio a bujões de combustível passando por latas e todo tipo de baterias, cordas e papéis. Em 2010, a missão “Eco Everest” chegou a recolher os restos de um helicóptero de uma expedição italiana de 1973.
De fato, a maioria dos resíduos encontrados na montanha data de antes de 1996, quando entrou em vigor a regulamentação que obriga os esportistas a retornarem com todo o lixo que reunirem e impõe punições para quem descumpri-la.
A menos que tenham permissão específica da Prefeitura de Katmandu ou de outras autoridades competentes, os alpinistas que desobedecem a norma devem pagar uma multa de US$ 4 mil, disse Laxman Bhattarai, porta-voz do Ministério de Turismo e Aviação Civil nepalês.
Segundo o membro da “Eco Everest” Dawa Steven Sherpa, as agências que coordenam as expedições internacionais também se conscientizaram, cientes de que “se não atuarem de maneira responsável, os clientes se darão conta disso e elas perderão dinheiro”, ressaltou.
Porém, isso não impede que algumas expedições continuem deixando parte de seus resíduos pelo caminho, pois o sistema de controle “não é tão efetivo”, lamentou Bhattarai.
Embora não esteja claro quanto lixo permanece no Everest, é cada vez maior o número de entusiastas dispostos a reduzir esta quantidade. “Até que não reste mais lixo seguiremos limpando”, assegurou Steven Sherpa.
A “Eco Everest” também possui um programa de crédito de lixo, destinado a carregadores que sobem a montanha diariamente com material para montar acampamentos e retornam com as mãos vazias.
“Pensei que talvez pudessem descer com parte do lixo”, argumentou Steven Sherpa, acrescentando que paga US$ 1,5 dólar por cada quilo de resíduos.
Steven Sherpa, que chegou ao topo do Everest em duas ocasiões, acrescenta que a montanha é vulnerável e os alpinistas devem garantir que sua visita não cause um impacto negativo. (Fonte: Portal iG)
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