Ao tomar conhecimento da situação de trabalhadores chineses em pastelarias do Rio, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse, na manhã desta quarta-feira, 20 de maio, que Brasil e China vão se unir para resolver o problema. O premiê, no entanto, não detalhou as medidas que serão tomadas.
— Vamos trabalhar juntos (Brasil e China) para melhorar as condições de trabalho dessas pessoas. Queremos com isso satisfazer não só os cidadãos locais, mas também esses trabalhadores — disse o primeiro-ministro, que anunciou a construção de uma fábrica de trens no Rio em visita à cidade.
Conforme O GLOBO mostrou com exclusividade, trabalhadores chineses foram encontrados em condições análogas à escravidão (Foto). Um deles vivia em um buraco no sótão de uma loja na Rua Camerino, na Praça Mauá, no Centro. O flagrante aconteceu durante operação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio (SRTE-RJ) e agentes do Procon Estadual no dia 17 de abril.
Procuradores do Ministério Público do Trabalho, que investiga a situação nos estabelecimentos, chegaram a afirmar que encontraram carne congelada de cachorro numa lanchonete, em Parada de Lucas. Pelo menos três pastelarias foram interditadas pela Vigilância Sanitária por falta de higiene.
Apesar do discurso do primeiro-ministro solidário aos trabalhadores explorados, a China consta na lista de países que não ratificaram a convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre a erradicação do trabalho forçado. (Fonte: Luiz Gustavo Schmitt/O Globo)
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