O anúncio foi feito pela presidente Dilma Rousseff e pelo diretor-executivo da rede social, Mark Zuckerberg, após uma reunião paralela à Cúpula das Américas, realizada no Panamá.
No acordo firmado, a gigante da internet entrará com a infraestrutura física, enquanto que o governo, com o conteúdo. A proposta faz parte do projeto Internet.org, uma iniciativa do Facebook em conjunto com os fornecedores de internet locais para permitir que usuários de qualquer smartphone possam acessar gratuitamente serviços básicos.
De acordo com a presidente, saúde e educação serão as áreas prioritárias. "A partir de agora, vamos começar a desenvolver estudos em comum, até desenhar um projeto comum com o objetivo da inclusão digital", disse a presidente em uma declaração à imprensa com Zuckerberg logo depois do encontro. "Isso vai permitir ampliar o acesso à educação, à saúde, à cultura e tecnologia", completou.
O Facebook já tem um projeto piloto em Heliópolis, São Paulo, que será utilizado como ponto de partida para uma ação mais ampla que será anunciada oficialmente em junho. A ideia é que seja atendida futuramente áreas remotas do país, mas o acesso deve ser limitado a alguns conteúdos, possivelmente de cunho social.
"Estamos muito felizes com essa parceria. A conectividade tem sido um foco importante do nosso projeto Internet.org. A internet é uma peça muito importante de infraestrutura para as pessoas no mundo moderno", disse Zuckerberg.
Atualmente, o Internet.org, lançado em 2013, já está disponível em ao menos oito países: Zâmbia, Tanzânia, Quênia, Gana, Colômbia, Índia, Guatemala e Panamá. Em entrevista à agência AFP, o vice-presidente global de crescimento do Facebook, Javier Oliván, disse que a empresa busca aumentar sua presença na América Latina, onde 53% da população não está online.
"Estamos na cúpula para nos unir ao diálogo na região sobre como levar conectividade a mais da metade da população latino-americana e mostrar que com as pessoas online podemos fomentar o desenvolvimento", explicou Oliván.
Além do encontro com Dilma, Zuckerberg também deve conversar com outros governantes latino-americanos. A previsão é que ele se se reúna com o mexicano Enrique Peña Nieto e com a argentina Cristina Kirchner para discutir o lançamento da iniciativa nesses países. (Fonte: Estadão/UOL)
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