Ave brasileira encontrada em perigo crítico de extinção, o pato mergulhão (Mergus octosetaceus), conhecido também como um sensível indicador da qualidade das águas, por somente sobreviver em ecossistemas ambientalmente equilibrados, em especial aqueles em que há cursos d’água limpos e transparentes, ou seja, sua presença revela um ótimo estado de preservação dos ambientes.
Devido à degradação constante do meio ambiente e intervenção do ser humano, existe uma difícil tarefa na conservação da espécie. O Zooparque Itatiba foi o único zoológico selecionado e autorizado pelo IBAMA a participar do Plano de Ação Nacional para a Conservação do Pato Mergulhão.
O projeto tem como objetivo aumentar a população e chance de sobrevivência de até 90% dos patinhos. Com auxilio de especialistas serão criados bancos genéticos através da coleta e incubação dos ovos, manutenção dos filhotes em cativeiro e que posteriormente serão devolvidos na natureza.
A meta é criar 10 casais reprodutores. Essa é a maior contribuição para a preservação tanto da espécie quanto da natureza. “Com objetivo de assegurar a manutenção das populações e a distribuição geográfica do Mergus octosetaceus, de médio e longo prazo; promover o aumento tanto do efetivo populacional e do número de populações.” explica Robert Kooij, gerente geral do Zooparque Itatiba. Atualmente o Zooparque já tem 2 jovens machos, um nascido no zoológico e o outro acolhido por resgate após ser abandonado pelos pais.
Os patinhos estão sob os cuidados do veterinário Alexandre Neto Armando, responsável técnico pelo Departamento Veterinário do Zoo. “Acompanhei de perto todo o processo de captura desse ovo em Patrocínio, MG. Criar filhotes é sempre difícil, no entanto eles estão se desenvolvendo muito bem”, explica o veterinário.
Mais informações
Hoje, sabe-se que a espécie vive em áreas desconexas da América do Sul, sendo o Brasil um dos países com maior número de exemplares, no mundo todo restam, no máximo, 250 deles. Por aqui, os patos-mergulhões ainda são encontrados na chapada dos Veadeiros, em Goiás, e no Jalapão, no Tocantins. O maior grupo, com cerca de 100 espécimes, resiste na Serra da Canastra, em Minas Gerais.
Seu bico longo e serrilhado ajuda nos mergulhos de até 30 segundos onde captura peixes como o lambari. Seus ninhos são construídos em ocos de árvores, fendas em paredões rochosos e em cavidades de barrancos de terra nas margens dos rios.
Ameaças
- a destruição de matas ciliares e a conseqüente perda de árvores de maior porte, e a degradação das margens e dos leitos dos cursos d’água
- o uso de pesticidas nas pastagens e lavouras que são carregados para os cursos d’água
- a mineração, que impacta diretamente os cursos d’água e, consequentemente, sua fauna associada
- a construção de barragens, as quais modificam profundamente os ambientes aquáticos
- as atividades esportivas mal planejadas realizadas ao longo dos cursos d´água
Fonte: Instituto Terra Brasilis
Serviço:
Local: Rodovia D. Pedro I, km 95,5 – Itatiba
Horário de Funcionamento: das 9h às 17h diariamente
(11) 4487.8205 / 4487.8883
www.zooparque.com.br
www.facebook.com/zooparqueitatiba
zooparque@zooparque.com.br
(Fonte: Liege Soldano - jornalista)
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