A moeda comercial atingiu, pela primeira vez desde agosto de 2004, a marca de R$ 3. O dólar para turistas ultrapassa esse valor.
Diante desse cenário, o turismo pelo Brasil se torna mais atrativo, afinal, em território nacional você não tem que triplicar qualquer gasto. Mas as viagens internacionais também são possíveis quando você entende que há maneiras de "turistar" gastando menos, sem abrir mão do conforto e muito menos da experiência.
Veja, abaixo, seis dicas para diminuir o orçamento das suas próximas viagens ao exterior.
Estime os seus gastos de viagem antes de embarcar. A internet ajuda muito na hora de prever o quanto de dinheiro você gastará em determinado destino. O site Numbeo (www.numbeo.com), por exemplo, compara o custo de vida em vários países e lista preços médios de comidas, bebidas e transportes, entre outros itens. Você também pode prever custos entrando em sites de restaurantes no destino e procurando pelos cardápios, para ter uma ideia aproximada do valor de refeição. Com atrações esse trabalho é ainda mais fácil, já que a maioria possui site oficial com preço do ingresso. No site World Taximeter (www.worldtaximeter.com) você pode antecipar quanto custará uma corrida de táxi naquele país.
Considere os destinos com custo de vida mais baixo. "Nesse momento, toda a Europa fica muito interessante, pois o euro não está sofrendo a mesma alta. A Grécia, por exemplo, passa a ser um destino ótimo", afirma a consultora de viagens Meilin Mares Guia, da Turismares. Países da América Central e do Sul também são boas opções, como Colômbia, Chile, Argentina, Peru, Bolívia e Panamá. "Os melhores custos benefícios para viajar, hoje em dia, são Lima, Buenos Aires, Santiago e Guayaquil (Equador), pois possuem preços acessíveis", explica Patrícia Teixeira, diretora comercial da NX Turismo.
Passe mais tempo em cada lugar. A pressa é a inimiga de uma boa vivência da cultura local e também torna tudo mais caro. Quem viaja acelerado gasta mais com táxi ou ônibus turístico, já que há pouco tempo para explorar o transporte público e até andar a pé, e com passeios guiados, por não conseguir usufruir dos cartões de desconto para turista que muitas cidades oferecem. Ainda gasta mais com voos – o que inclui taxa de embarque e traslado – e também com alimentação. Uma vez que está sem tempo, o turista se vê obrigado a frequentar apenas os restaurantes e estabelecimentos das áreas turísticas, que sempre são mais caros.
Troque o hotel pelo imóvel alugado. Se viajar com uma família de mais de quatro pessoas, considere alugar uma casa, apartamento ou até mesmo hospedar-se em um apart-hotel. A economia feita com a troca é significativa e ainda permite que você reduza custos com outras despesas. Em um imóvel onde há cozinha equipada você poderá fazer algumas das refeições em casa, após abastecer-se em mercados locais. Além de economizar, você usufruirá de uma nova experiência e terá uma rotina mais próxima a dos habitantes locais. Fora da zona hoteleira, você terá também a oportunidade de descobrir o comércio de bairro, que geralmente oferece preços mais acessíveis.
Diminua as despesas com alimentação. O dinheiro desembolsado para comer e beber vai depender de quando, onde e quanto você se alimenta. Os seus hábitos contam nesse cálculo. Você é daqueles que fazem questão de uma refeição completa ou um sanduíche é suficiente? E ainda que esse custo na viagem seja sempre mais alto do que você está acostumado no dia a dia, é possível economizar. Por exemplo, ao fazer compensações. Você pode ter uma refeição extravagante para cada duas refeições econômicas. Ou ainda, deixar para visitar restaurantes estrelados no almoço em vez do jantar, já que, mais cedo, esses estabelecimentos normalmente fazem menus especiais e mais em conta.
Elabore um roteiro sob medida. Antes de fechar uma viagem tenha claros os seus objetivos para aquele passeio: é para descansar? Conhecer outras culturas? Fazer compras? Com isso em mente, você consegue definir o que vale ou não fazer e para qual destino seguir. "Se a ideia é só relaxar, será mesmo necessário viajar mais de 20 horas de avião para se deitar ao sol e beber margaritas ou água de coco?", questiona o educador financeiro Silvio Bianchi, da DSOP.
Muitas pessoas adquirem viagens e gastam dinheiro só porque ouviram dizer que o lugar era bom. O mesmo acontece com os passeios. Pense bem: não é porque todo mundo vai àquele ponto turístico que a saída será interessante para você. Não há problema em pular um museu ou restaurante badalado se achar que não lhe acrescentará algo de bom. Essa é a fórmula certa não só para economizar dinheiro, como para viver uma experiência turística que tenha mais a ver com o seu perfil. (Fonte: Marina Oliveira e Rita Trevisan/UOL)
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