A presidente Dilma Rousseff até aqui vinha segurando a presença da amiga na chefia da megaestatal, mas enfim convenceu-se de que a posição da executiva é insustentável.
Pesou para a decisão de Dilma a divulgação na semana passada de que chegou a ser aventado que a Petrobras deveria baixar seus ativos em R$ 88 bilhões devido a corrupção e ineficiência no planejamento e execução de projetos.
A presidente da República segurou o quanto pôde Graça na chefia da empresa. A própria executiva já havia pedido para sair em outras ocasiões. Sua presença era vista no governo como um anteparo político às diversas denúncias de corrupção na estatal.
Dilma considerou o número, que acabou fora do balanço não auditado do terceiro trimestre da Petrobras, descabido e sua mera divulgação, um tiro no pé da diretoria da estatal. A maior empresa brasileira perdeu quase 3/4 de seu valor de mercado nos últimos anos devido à política de investimentos inflada e os sucessivos casos de corrupção em apuração no âmbito da Operação Lava Jato.
A presidente também está preocupada pessoalmente com Graça, que sempre foi de sua confiança desde que presidia o Conselho da Petrobras como ministra no governo Lula. Os relatos são de que a executiva está sob forte pressão emocional devido ao caso.
O nome do substituto de Graça está em estudo pelo governo.
De acordo com o Painel (Sessão do Jornal Folha de SP.) desta terça-feira (3), Dilma deflagrou no fim da semana passada o processo de seleção. O ministro Joaquim Levy (Fazenda) esteve pessoalmente em São Paulo, nesta segunda (2), sondando nomes para ocupar o posto. (Fonte: Folha/ Natuza Nery)
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