Essas são algumas das conclusões da segunda edição da Pesquisa Brasileira de Mídia, realizada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República.O estudo, realizado pelo Ibope, tem por objetivo identificar os hábitos de consumo de informação e entretenimento da população brasileira.
A edição 2015 da pesquisa foi feita entre os dias 5 e 22 de novembro deste ano, por meio de um questionário de 85 perguntas aplicado em entrevistas em domicílio, com 18,3 mil pessoas maiores de 16 anos em 848 municípios. A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos.
Segundo o levantamento, o percentual de pessoas que acessa a internet todos os dias teve aumento de 11 pontos percentuais em um ano, chegando a 37% da população ante os 26% registrados na pesquisa realizada em 2013 e publicada em março de 2014.
Apesar do avanço, a internet ainda não está disponível para toda a população: 51% dos entrevistados disseram não ter acesso à rede.
Dos que podem acessar a internet, a média de permanência conectado é de cinco horas por dia durante a semana (segunda a sexta). Nos fins de semana, as pessoas passam cerca de meia hora por dia a menos online.
Na primeira pesquisa, a média diária de tempo conectado era consideravelmente menor, de 3h39 durante a semana e 3h43 aos sábados e domingos.
Segundo a pesquisa, a maioria das pessoas que acessam a internet (67%) busca informações de um modo geral. Já para 38%, a rede é uma forma de passar o tempo livre, e para 24%, a internet serve para estudo e aprendizagem.
De acordo com o Ibope, o uso dos aparelhos celulares como forma de se conectar está se igualando ao acesso por meio de computadores ou notebooks: 66% das pessoas já utilizam os celulares, enquanto 71% usam computadores. Segundo a pesquisa, o acesso às redes sociais influencia esse resultado.
Entre os internautas, 92% estão conectados por meio de redes sociais, sendo as mais utilizadas o Facebook (83%), o Whatsapp (58%) e o Youtube (17%). O Twitter registrou uso de apenas 5% dentre os entrevistados.
Apesar de a televisão e o rádio serem os meios de comunicação mais utilizados no país, o tempo gasto com internet já supera, desde a primeira edição da pesquisa, o tempo despendido com os outros dois.
A pesquisa indica que 95% dos entrevistados afirmaram ver TV, sendo que 73% assistem diariamente. Em média, os brasileiros assistem a 4h31 por dia de televisão durante a semana, e 4h14 nos finais de semana. O tempo também aumentou em relação à edição passada, quando foram registrados os números de 3h29 e 3h32, respectivamente.
JORNAIS
Considerados os meios mais confiáveis para se obter informações, os jornais são lidos por menos de um quarto da população. Segundo a pesquisa, 21% dos entrevistados leem jornais ao menos uma vez por semana e apenas 7% os leem diariamente. A segunda-feira é o dia preferido para a leitura, com 48% de menções feitas pelos entrevistados, e os sábados são os dias em que se lê menos, com 35% das menções feitas pelos entrevistados que se disseram leitores de jornais.
Segundo a pesquisa, pessoas com maior nível de escolaridade e renda tendem a ler mais os jornais: 15% dos leitores com ensino superior e renda acima de cinco salários mínimos (R$ 3.620 ou mais) leem jornal todos os dias. Entre os leitores com até a 4ª série completa e renda menor que um salário mínimo (R$ 740), os números são 4% e 3%.
A leitura de jornais em plataformas digitais ainda é baixa no Brasil. Dos entrevistados que leem os periódicos, 79% ainda preferem fazê-lo na versão impressa enquanto 10% preferem as versões digitais.
O nível de confiança dos jornais aumentou em relação à primeira edição. Agora, 58% dos entrevistados disseram confiar muito ou sempre nos jornais, ante 53% registrados na pesquisa anterior. No caso da TV, 54% confiam muito ou sempre, e, no do rádio, 52% dizem confiar muito ou sempre. Dentre os veículos tradicionais, a revista é o único que inverte essa equação: 44% confiam muito ou sempre, contra 52% que confiam pouco ou nunca.
Recente para boa parte das pessoas, a internet ainda não tem boa credibilidade com a população: 71% das pessoas disseram confiar pouco ou nada em notícias veiculadas nas redes sociais; 69% dizem não confiar nas notícias lidas em blogs, e 67% não confiam nas de sites.
Na avaliação do ministro Thomas Traumann (Comunicação Social da Presidência), o grande desafio dos veículos de imprensa tradicionais que, cada vez mais ampliam sua presença no meio digital, será criar e fortalecer identidades próprias para que o internauta saiba onde leu uma determinada informação e possa, assim, transferir a confiança que ele tem no veículo tradicional para a rede.
O rádio continua sendo o segundo meio de comunicação mais utilizado pelos brasileiros, mas seu uso caiu de 61%, na primeira pesquisa, para 55% nesta segunda edição. Em compensação, aumentou a quantidade de entrevistados que dizem ouvir rádio todos os dias, de 21% em 2014 para 30% em 2015.
Segundo Traumann, a pesquisa divulgada hoje ajudará o governo a traçar as estratégias de veiculação de publicidade oficial. Uma das tendências é que o governo aumente a taxa de publicação em veículos online, já que a internet está crescendo no país.
De acordo com o ministro, mais da metade dos recursos para publicidade ainda são destinados para a televisão mas a pesquisa indica que os investimentos em internet devem aumentar. Traumann afirmou que o governo encerrará 2014 tendo investido cerca de 15% em internet e poderá aumentar esse índice até cerca de 18% para o próximo ano. (Fonte: UOL)
Leia também:
10 dicas para vender mais rápido e ainda aumentar o valor de um imóvel
Veja Mais noticias sobre Comportamento