O Facebook começa a ter dor de cabeça, após a rede social Ello começar a despontar nos Estados Unidos - a ponto de ter problemas no servidor de tantos acessos. Com o sucesso repentino, uma dúvida começa a surgir: será o destino do Facebook o mesmo que teve o Orkut, a antiga rede social dominante no Brasil e que foi desativada nesta terça-feira (29)?
Talvez. Um estudo mostrou que o Facebook deverá perder até 80% dos usuários até 2017, uma queda muito parecida como o Orkut teve, ou que o MySpace teve antes dele, a ponto de ser vendido por uma pequena fração do preço alguns anos depois. Essa movimentação já começou entre os mais jovens, que começam a abandonar o Facebook por causa da entrada de seus pais, tios e avós.
Só que este não é o único motivo pelo qual as pessoas abandonam o Facebook. A Ello aposta em outra razão de descontentamento: a presença de muitos anúncios e a venda de informações dos usuários para empresas. Há, portanto, uma percepção de que o Facebook quer a todo custo monetizar e que uma rede "livre" de interesses econômicos seria melhor para o usuário.
A Ello nasce com esse propósito, e isso vem dando certo: a rede registra cerca de 30 mil novos usuários por hora. Como é necessário um convite para entrar na rede, cada um é vendido por até US$ 100 em sites como o eBay - por outros usuários. O movimento foi fortalecido por uma decisão do Facebook de banir usuários que não usam nomes reais.
Dificilmente o Facebook virará Orkut
Mas dificilmente o Facebook será destruído pelo Ello. No momento, o Facebook é uma companhia estruturada, que atrai alguns dos melhores nomes no setor de tecnologia, e que tenta sempre criar novas ferramentas. A Ello é uma empresa de poucas pessoas que distribui um serviço gratuito com a possibilidade de ter problemas estruturais em muito brevemente.
Um dos grandes problemas do Orkut, por exemplo, eram os constantes problemas em servidores que impediam o uso contínuo da rede. O Facebook entendeu o quanto isso incomodava e quase eliminou os problemas com servidores - dá para contar nos dedos as vezes que a rede sai do ar. Atento às demandas do usuário, o Facebook tenta fazer com que a experiência seja a melhor possível para os usuários - são eles que garantem o lucro da empresa.
A Ello porém, talvez comece a cobrar uma mensalidade para usar a rede, admitiu o fundador e CEO (Chief Executive Officer) da empresa Paul Budnitz. É a única saída para que a empresa consiga lidar com as questões financeiras da rede social sem monetizar as informações de seus clientes. Se a rede se transformar no Facebook-killer ou não, só o tempo dirá. (Fonte: Por Felipe Moreno/InfoMoney)
Foto:
Zuckerberg: dor de cabeça com a Ello? (Robert Galbraith/Reuters)
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