A consultoria Macrométrica realizou um estudo baseado na última pesquisa Ibope e mostrou que com a eleição indo para o segundo turno o candidato do PSDB, Aécio Neves deve ganhar da atual presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo a consultoria, a vitória ocorreria por uma vantagem de 2 a 3,6 pontos percentuais, apertada, portanto.
A Macrométrica é uma consultoria que mantém público os seus métodos de análise. Para esta pesquisa em especial, ela utilizou o esquema de Nate Silver, editor-chefe do site “FiveThirtyEight”. Na eleição presidencial americana de 2012, Silver acertou o vencedor em todos os 50 Estados.
No último Ibope, apresentado pelo Jornal Nacional na semana passada, Dilma apareceu com 38% das intenções de voto no 1º turno e Aécio contava 23%. Já no 2º turno, a presidente teria 42% e o senador 36%, com 22% dos entrevistados não optando por nenhum dos dois. Segundo o estudo, este último valor deve fazer a diferença, com os eleitores migrando para um dos candidatos - o que deve fortalecer, principalmente, o candidato oposicionista, que por enquanto apresenta um movimento ascendente.
A Macrométrica diz que dos 17 pontos percentuais de eleitores que devem migrar para um dos candidatos na disputa de segundo turno, 23,5%, ou 4 pontos percentuais, irão para Dilma e 76,5%, ou 13 pontos percentuais, vão para Aécio. A rejeição à continuidade do governo petista, deve falar mais alto neste caso.
“O resultado é a vitória de Aécio com 49,8% dos votos, contra 46,2% para Dilma e 4% de VNC (votantes não comprometidos). Como os VNC nunca são considerados na apuração do resultado final, a vitória de Aécio seria com 51,8% contra 48,2% de Dilma, ou seja, por diferença de 3,6 pontos percentuais”, afirma o estudo.
Eleição deve ser definida somente no segundo turno
Em termos de exposição, a candidata do PT possui muito mais tempo de rádio e televisão que o do PSDB, mas especialistas apontam que esta questão vale cada vez menos em uma eleição de um mundo cada vez mais conectado à internet. O plano de Aécio para as eleições é focar no sudeste, onde a rejeição a Dilma é alta e o PSDB é historicamente forte.
Pode haver, porém, uma migração significativa de votos de Eduardo Campos para Dilma, dada a força do PT no nordeste, reduto do candidato do PSB. Em termos de apoios, a coligação petista é muito mais forte que a do PSDB, mas Aécio atribuiu isso ao fisiologismo dos partidos em um dos piores momentos de sua campanha, ao afirmar que eles deveriam sugar mais um pouco e depois ir para o seu lado.
Além disso, Dilma e o PT possuem a maior central sindical, mas pela primeira vez uma delas, a Força Sindical, apoia um candidato do PSDB. Além disso, a popularidade de Dilma é muito menor de que a de seu antecessor, que não conseguiu escapar de disputar segundo turnos em 2002 e 2006. (Fonte: Felipe Moreno • Rodrigo Tolotti Umpieres/InfoMoney)
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