Em meio à temporada de balanços e outra série de notícias corporativas, nove empresas ganham destaque na manhã desta quarta-feira (6). A Petrobras (PETR3; PETR4) informou ao mercado que vendeu sua participação acionária de 44,5% na empresa Transierra para a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos pelo montante de US$ 106,7 milhões.
De acordo com o comunicado da petrolífera, a venda dos papéis diz respeito ao Planejamento Estratégico da companhia e ainda afirma que a alienação atendeu à lei que estabelece o marco regulatório das empresas públicas na Bolívia.
Ainda no radar da Petrobras, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na terça-feira que em todos os anos houve correção nos preços da gasolina e que o comportamento do governo é continuar com reajustes normais, mas negou que haverá "tarifaço" após as eleições de outubro. "Quando ocorrerá o aumento, essa é decisão que mexe com o mercado, com ações, não se comenta. É questão das empresas responsáveis", acrescentou o ministro, que também é presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
Oi
A operadora de telecomunicações Oi (OIBR4) teve prejuízo líquido de R$ 221 milhões no segundo trimestre, frente a um prejuízo líquido de R$ 124 milhões no mesmo período do ano passado, informou a companhia nesta quarta-feira(6).
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 2,55 bilhões, queda de 21,3% em relação ao segundo trimestre de 2013.
Telecom Italia/TIM
O presidente da Telecom Italia, Marco Patuano, disse que o grupo avaliará opções de fusão e aquisição para a sua unidade brasileira, TIM Brasil (TIMP3), mas não fará "ofertas malucas".
Na terça-feira, a espanhola Telefónica, em conjunto com a brasileira Telefônica (VIVT4), fizeram uma oferta de R$ 20,1 bilhões pela GVT, unidade de banda larga da Vivendi, levantando especulações de que o grupo italiano poderia considerar uma contra oferta.
A Telecom Italia não descartou a possibilidade de unir a GVT com a TIM Brasil para fortalecer sua base de clientes de banda larga. Patuano disse ainda que a venda de suas torres brasileiras está perto de ser concluída.
Itaú Unibanco
As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) tiveram o preço-alvo elevado pelos analistas do JPMorgan. O banco de investimentos revisou o target dos papéis de R$ 42 para R$ 44. Na véspera, a instituição financeira reportou um lucro líquido de R$ 4,97 bilhões no segundo trimestre, ante uma expectativa de R$ 4,62 bilhões, segundo compilação feita pela Bloomberg.
A base de ativos totais da companhia atingiu R$ 1,11 trilhões, contra R$ 1,06 trilhões no mesmo período do ano passado. Já a carteira de crédito total chegou a R$ 543,8 bilhões, ante R$ 498,7 bilhões no segundo trimestre de 2013, enquanto a inadimplência total acima de 90 dias ficou em 3,4%, contra 4,2% no 2T13.
Eneva
A empresa de energia Eneva (ENEV3) informou na terça-feira que apresentará uma proposta ajustada para adequação das obrigações de fornecimento de energia de Parnaíba II nos próximos dias, depois que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou proposta da companhia.
"A Eneva considera que os parâmetros indicados pela Aneel se aproximam às condições mínimas necessárias à manutenção da viabilidade econômica do projeto", disse a empresa em comunicado. Os termos e condições propostos pela Aneel compreendem a conclusão das obras de Parnaíba II até dezembro de 2014 e postergação dos Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado (CCEARs) para 1o de julho de 2016, ou antes disso, na data de autorização para operação comercial da Usina.
Bematech
Dando continuidade à temporada de divulgação de resultados, a companhia especializada em soluções de tecnologia Bematech (BEMA3) informou o mercado que sua receita entre abril e junho atingiu a marca de R$ 104,50 milhões, uma alta de 15,8% em comparação com o mesmo período do ano passado. No mesmo comparativo, o lucro da companhia apresentou um crescimento de 40,3%, ao registrar a cifra de R$ 13,88 milhões. Já o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do segundo trimestre de 2014 ficou em R$ 21,3 milhões, 19,6% superior ao mesmo período no ano anterior.
"O avanço na entrega de soluções completas vem acontecendo ao passo em que o cenário macroeconômico, cada vez mais competitivo, leva os varejistas a serem mais eficientes e administrar seus estabelecimentos de maneira inteligente e controlada", afirmou o CEO (Chief executive officer) da companhia, Cleber Morais.
Locamérica
A companhia especializada na locação de veículos Locamérica (LCAM3) viu seu lucro líquido atingir a marca de R$ 7 milhões no segundo trimestre de 2014, o que equivale a uma queda de 26,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo o balanço da empresa, a receita líquida cresceu em 18,3% no mesmo comparativo, atingindo a cifra de R$ 150 milhões entre abril e junho deste ano.
Enquanto isso, o Ebitda bateu R$ 53,9 milhões, uma alta de 28,2%. Com isso, também apresentou crescimento a margem Ebitda (Ebitda/receita) da Locamérica, saltando de 52,8% para 59,1%. No sentido oposto, a margem líquida (lucro/receita) caiu de 7,7% para 12%.
Tecnisa
A Tecnisa (TCSA3) viu sua receita líquida crescer 35% na comparação com o trimestre anterior, atingindo R$ 503 milhões no segundo trimestre e acumulando R$ 875 milhões no semestre. O lucro líquido da companhia atingiu R$ 80 milhões entre abril e junho.
Os lançamentos da companhia cresceram 214% em relação ao 1º trimestre, totalizando R$ 533 milhões. O Ebitda da companhia caiu 2,6%, passando de R$ 152 milhões para R$ 148 milhões.
“Os resultados da Tecnisa são consistentes. São seis trimestres consecutivos de lucros e, neste último trimestre, estabelecemos um novo recorde. Estamos muito satisfeitos com o que temos conquistado e queremos mais”, disse Vasco Barcellos, diretor financeiro da companhia, em nota. (Fonte: Por Paula Barra/InfoMoney/ Reuters)
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