Em nota divulgada nesta sexta-feira (1º), a pasta afirmou que não há nenhum caso suspeito ou confirmado da doença no país. A infecção, altamente letal, matou 729 pessoas desde fevereiro, de acordo com balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira, 31 de julho.
“Como o Ebola é transmitido pelo contato direto com sangue, secreções, órgãos e outros fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, a transmissão para outros continentes é considerada como pouco provável”, afirma a nota do Ministério da Saúde.
As infecções estão concentradas na República de Guiné, em Serra Leoa e na Libéria. A Nigéria também registrou um caso. De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, se um passageiro viajando para o Brasil a partir de um desses países apresentar sintomas durante o voo, a tripulação deve contatar o aeroporto de destino, onde uma equipe de vigilância sanitária deverá avaliá-lo e determinar a conduta a ser adotada.
A assessoria de imprensa afirma, ainda, que não há um plano de contingência específico para o ebola. Mas, se um caso for identificado no país, o governo deve recorrer ao Plano de Resposta às Emergências em Saúde Pública, que determina as medidas a serem adotadas em situações de epidemias e desastres. Até o momento, a OMS não fez restrições a voos nem orientou o fechamento de fronteiras por causa da epidemia.
Nesta sexta-feira (1), o ministro da saúde, Arthur Chioro, afirmou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Secretaria de Vigilância em Saúde fizeram recomendações aos controles de fronteiras no Brasil, apesar de não haver reforço de fiscalização em locais como portos e aeroportos.
“Não houve nenhum reforço. Apenas a nossa Secretaria de Vigilância em Saúde e a Anvisa, responsáveis pela fiscalização em aeroportos e portos, fizeram recomendações para que nossos fiscais sejam ainda mais rigorosos e fiquem mais atentos”, disse o ministro.
Risco não é zero, mas é muito baixo – Segundo o infectologista Pedro Tauil, do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), ainda é difícil avaliar os riscos de chegarem casos da doença no país. “Sabe-se muito pouco sobre a epidemiologia da doença, não se pode dar afirmativa categórica sobre se ela pode se espalhar pelo mundo ou não. Pode haver casos esporádicos de um viajante infectado viajar para outro país.”
O infectologista Bruce Hirsch, do North Shore University Hospital, nos Estados Unidos, afirmou à Reuters que a fase de maior transmissibilidade do vírus ocorre quando os pacientes estão em estágio terminal, com sangramentos internos e externos e vômito e diarreia intensos. Nessa fase da doença, o paciente já está próximo da morte e provavelmente muito doente para viajar, o que reduz o risco de propagação da doença para outros continentes.
“É possível, é claro, que uma pessoa pense que está com uma gripe, entre em um transporte e só então desenvolva os sintomas mais graves. Essa é uma das coisas que nos preocupam”, disse o especialista, em uma entrevista por telefone à agência. “O risco (de propagação do ebola para a Europa ou para a América) não é zero, mas muito baixo”, completou. (Fonte: G1)
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