...Até então não havia as definições dos grupos; compramos no escuro. Uma grata surpresa nos reservaria o destino. Fomos contemplados com o jogo Argentina e Irã.
Sábado dia 21 de Junho;, com os kits de hospitalidade da Fifa em mãos, carro com adesivo, rumamos para o Mineirão. No caminho descobrimos que o adesivo no carro nos dava preferência na avenida de chegada ao estádio, cujo trânsito era orientado pelos seguranças da Fifa; enquanto havia congestionamento geral, a nossa via andava rápido.
Estacionamos anexo ao estádio e fomos à recepção onde haviam 03 enormes tendas com ar refrigerado, servindo à vontade salgadinhos, cerva, vinho branco, refrigerantes; tudo na faixa.
O tal kit de hospitalidade nos deu todos esses direitos, antes e depois do jogo. Nesse local havia um entorno de segurança feito pela Fifa. Você paga caro pelo tal kit, mas ninguém vai te importunar. Às 12 hs subimos para o estádio, por uma rampa interna e nos alojamos nas primeiras fileiras, cerca de 5 metros do gramado; dava pra sentir as reações dos jogadores...
Um mar de argentinos ocupou o Mineirão; o tempo todo eles cantaram, saudaram com canções que lembram as glórias futebolísticas do país. Tem uma que fala sobre Maradona, Canigia, que é cantada com muita vibração, e uma estrofe que fala que Maradona é maior do que Pelé; momento que há delírio coletivo. Esse pessoal é movido a muita cerveja e vinho branco. Havia também bastante iranianos, numa porcentagem digamos de l por 50 argentinos.
O jogo não foi grande coisa; a seleção Agentina é semelhante a nossa: desorganizada taticamente, alguns e Messi genial, que fez a diferença ao marcar o único gol aos 46 minutos do segundo tempo e salvar sua seleção.
O ingresso valeu cada centavo pago pelo entorno, pela festa, pelo inusitado dos acontecimentos que são os jogos da copa do mundo. Show mesmo só nas arquibancadas.
A seleção Argentina passou um sufoco no Mineirão; fiquei com a impressão que houve um pênalti para o Irã, que não foi anotado. Os jornais esportivos de Minas, dia seguinte à vitória, chamavam Messi de Messiânico, afirmando que em uma jornada ruim daquela seleção, seu principal jogador fez a diferença e salvou o time de um empate com o Irã.
O sábado em BH, ainda nos reservaria novas surpresas no excelente restaurante Est! Est!! Est!!! autêntica “Cucina Italiana”.
Para coroar nossa estadia nas Gerais, no domingo apadrinhamos no Cristianismo nossa netinha Helena Marques Sampaio.
A respeito da canção cantada pelos Argentinos, que aliás é muito chata, e eles ficam repetindo o tempo todo, tem um histórico e letra na Internet.
“A música foi cantada pela primeira vez num estádio na vitória sobre a Bósnia, por 2 a 1, no Maracanã. No jogo seguinte, contra o Irã, no Mineirão, foi o principal hit da arquibancada. Depois de vencer com um gol no último minuto, os torcedores cantaram por mais de 10 minutos ininterruptos a canção. Muitos brasileiros ficaram no estádio apenas para observar e fazer registros da festa dos argentinos.
“Brasil, decime qué se siente” é uma versão de “Bad Moon Rising”, da banda americana Creedence Clearwater Revival, que fez sucesso nos anos 60 e 70. A canção já tinha versões cantadas por torcidas de clubes no país Argentino, como San Lorenzo e Boca Juniors, e até por simpatizantes da presidente Cristina Kirchner.
Brasil, decime qué se siente / Brasil, me diga o que sente
Tener en casa a tu papá / Ter em casa seu papai
Te juro que aunque pasen los años / Te juro ainda que passem os anos
Nunca nos vamos a olvidar / Nunca vou me esquecer
Que el Diego te gambeteó / Que Diego (Maradona) te driblou
Que Canni te vacunó / Que Canni (Cannigia) te vacinou
Que estás llorando desde Italia hasta hoy / Que está chorando desde a Itália até hoje
A Messi lo vas a ver / Vocês verão o Messi
La Copa nos va a traer / A Copa ele trará
Y Maradona es más grande que Pelé / E o Maradona é melhor do que Pelé
Read more: http://oglobo.globo.com/esportes/jogadores-argentinos-cantam-musica-que-chama-brasil-de-fregues-12973548#ixzz35eZBcgaB”.
Nós, os torcedores brasileiros, ficamos irritados com essa musiquinha chata e provocadora, cantada repetidas vezes, em tom alto, só nos restava chamá-los de Boludo (tonto).
Wagner Sampaio é Advogado
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