No próximo ano, todo trabalhador que ganhar a partir de R$ 1.787,78, e não tiver nenhuma dedução, terá que deixar uma parcela do seu salário para o Leão.
A tabela, corrigida em 4,5%, elevará a faixa de trabalhadores isentos, observa o consultor da IOB Folhamatic EBS, Antonio Teixeira. Isso porque, de acordo com a tabela progressiva usada para o cálculo mensal do imposto, em 2013, estavam isentos os trabalhadores com ganhos até R$ 1.710,78, valor que passará para R$ 1.787,77 em 2014.
Por outro lado, explica Teixeira, analisando a relação entre a correção da tabela e a inflação, percebe-se uma defasagem na casa dos 60%, desde a implantação do plano real, o que se traduz em um número maior de pessoas pagando o imposto, visto que a isenção do mesmo, quando comparada com o salário mínimo, é cada vez menor.
“Quando a tabela não é corrigida pela inflação, acaba, no longo prazo, fazendo com que mais pessoas paguem IR”, explica.
IR 2013 X 2014 (Ver Fotos)
Para entender melhor como ficará o seu salário com a nova correção do IR, o especialista da IOB Folhamatic EBS fez uma simulação para quem ganha R$ 2.500, R$ 3.300, R$ 4.500 e R$ 7.800. Vale lembrar que foi considerada a dedução de um dependente para as quatro situações, sendo que este valor também foi corrigido, passando de R$ 171,97 para 179,71.
Teixeira também atualizou a dedução da contribuição da previdência social, considerando o valor de 6,78%, que é o percentual de aumento do salário mínimo, embora para a tabela de contribuição dos segurados empregados possa haver uma alteração.
Tendência
Este é o último ano que a tabela do Imposto de Renda será corrigida automaticamente. Para o ano de 2015, observa Teixeira, é necessário esperar o resultado das eleições. Entretanto, na opinião dele, os sindicatos devem pressionar para que a defasagem diminua e a tabela passe a acompanhar a inflação. (Fonte: Gladys Ferraz Magalhães/InfoMoney)
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