O levantamento, feito por cientistas de universidades americanas, analisou informações fornecidas por 1.681 pessoas que permaneceram casadas com o mesmo parceiro entre 1980 e 2000. Os participantes foram divididos em dois grupos: um de casais que tinham entre 18 e 39 anos, e outro de casais entre 40 e 55 anos.
Por seis vezes durante esse período, os participantes responderam a perguntas que procuravam medir a felicidade deles no casamento e a existência de problemas conjugais. Os entrevistados também foram convidados a classificar sua saúde como “excelente”, “boa”, “regular” ou “ruim”.
A conclusão da pesquisa foi que há uma relação direta entre a felicidade dos casais e uma boa saúde, independentemente da idade dos cônjuges, embora os cientistas não tenham chegado a uma conclusão sobre qual desses fatores – a saúde ou felicidade – desencadeou o outro.
Na saúde ou na tristeza – “O casamento se mantém estável se estamos mal de saúde? O que descobrimos foi que existe uma relação entre a saúde e a felicidade nos dois grupos. Se eles estão bem de saúde, há mais felicidade”, disse Cody Hollist, da Universidade de Nebraska, coautor da pesquisa.
Os pesquisadores concluíram também que os casais que planejavam programas juntos, como jantares e cinemas, tinham em média, além de relacionamentos mais fortes, uma saúde melhor. Mas Hollist ressaltou que ainda não é claro como, exatamente, uma coisa influencia a outra.
“Não há como saber se bons casamentos levam a uma boa saúde ou se casamentos ruins fazem você ficar doente”, disse o cientista.
Circunstâncias estressantes – Os cientistas também encontraram sinais de que curar doenças existentes parecia amenizar os problemas conjugais.
Uma descoberta que surpreendeu os pesquisadores, liderados por Richard Miller, da Universidade Brigham Young, em Utah, foi que aqueles que sobreviveram ao que, no início do estudo, pareciam ser casamentos problemáticos, mostraram uma melhor saúde ao longo do tempo.
“Circunstâncias estressantes podem despertar algo em algumas pessoas, que as fazem procurar por caminhos mais saudáveis e adaptativos de comportamento ao longo do tempo”, disse Hollist.
Esta não foi a primeira vez que pesquisadores encontraram uma relação entre romance e saúde. Em janeiro, um estudo publicado pela Universidade de Medicina de Viena constatou que beijos e abraços podem melhorar a saúde.
A atual pesquisa foi divulgada na publicação científica “Journal of Marriage and Family”. (Fonte: G1)
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