Por ano, em todo o mundo, mais de 2 milhões de pessoas morrem em decorrência da poluição atmosférica, segundo um estudo publicado no periódico científico Environmental Research Letters.
Os efeitos sobre a saúde são devastadores e o perigo nem sempre é visível. Estre as ameaças em suspensão no ar estão partículas ultrafinas, conhecidas como PM2,5. Medindo apenas 0,0025mm, elas resultam da combustão incompleta de combustíveis fósseis utilizados pelos veículos automotores e formam, por exemplo, a fuligem preta em paredes de túneis e latarias de carros.
Imperceptível a olho nu, o material particulado não encontra barreiras físicas: afeta o pulmão e pode causar asmas, bronquite, alergias e outras graves doenças cardiorrespiratórias. De acordo com o estudo, a cada ano, cerca de 2,1 milhões de pessoas morrem por complicações relacionadas a esse tipo de poluição.
O que os olhos não vêem… – Ozônio é outro poluente que preocupa. Associado a pelo menos 400 mil mortes por ano, ele não é emitido diretamente no ar, mas resultado de uma reação química, na presença da luz solar, envolvendo substâncias como o dióxido de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis, como os hidrocarbonetos, poluentes liberados principalmente por automóveis.
Em contato com o organismo humano, o ozônio reage principalmente com a mucosa que reveste as vias respiratórias, oxidando-as. Ele altera essa proteção, diminuindo nossas defesas contra infecções. Como consequência, podem ocorrer infecções na região, agravamento de crises de asmas, rinites, sinusites, amidalites e bronquites.
Pior, a associação com pequenas partículas, como a fuligem liberada pelo escapamento dos carros, tem efeito maior do que cada poluente isolado e pode levar a mortalidade precoce por infarto do miocárdio e crises de hipertensão.
O estudo também avaliou o papel da mudança climática na poluição do ar. Segundo os cientistas, as mudanças no clima pode sim afetar a qualidade do ar em muitos aspectos.
Por exemplo, a precipitação pode determinar quando os poluentes se acumulam, enquanto a elevação das temperaturas pode aumentar as emissões de compostos que reagem na atmosfera formando o ozônio e material particulado fino. No entanto, ressalta o estudo, a principal causa da poluição atmosférica continua sendo os humanos. (Fonte: Exame.com)
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