Decisão da desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, do Tribunal Regional do Trabalho, exige que os funcionários trabalhem normalmente das 6h às 9h e de 16h às 19h, "para assegurar 100% das operações das linhas de metrô". Nos demais horários, a Justiça permitiu que o contingente de trabalhadores seja de 70%.
Segundo a desembargadora, a paralisação do serviço causaria "sérios transtornos aos usuários, em especial ao trabalhador". O descumprimento da decisão pode acarretar em responsabilidade civil e penal ao sindicato dos metroviários, e multa diária "a ser fixada oportunamente".
Os metroviários fizeram uma assembleia na última quinta-feira (4), onde foi decidido um indicativo de paralisação para amanhã. Uma nova assembleia, porém, será realizada na noite de hoje para definir como ela ocorrerá.
Segundo os metroviários, a paralisação seria parte do "Dia Nacional de Luta", convocado por centrais sindicais e sindicatos. Como parte disso, os metroviários elegeram algumas propostas para enfrentar o caos da mobilidade urbana, entre elas está a "redução da tarifa, rumo à tarifa zero."
Outras reivindicações apresentadas pela categoria são: mais investimentos dos governos para garantir metrô e trem públicos, estatais e de qualidade; contra toda forma de privatização e terceirizações; valorização dos trabalhadores em transporte coletivo.
PROTESTO
O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e o Movimento Periferia Ativa também prometem participar do "Dia Nacional de Lutas" bloqueando vias em São Paulo. Distrito Federal, Rio de janeiro, Tocantins, Ceará e Roraima também tem atos programados.
Na capital paulistas, os militantes devem bloquear a partir das 16h o entroncamento da rodovia Régis Bittencourt com o Rodoanel, na região de Embu das Artes (Grande São Paulo).
Também na Grande São Paulo, em Santo André, o terminal Vila Luzita e a avenida Mario de Toledo Camargo devem ser palco de protesto a partir das 7h.
Às 10h, os movimentos ganham o apoio dos trabalhadores da Feira da Madrugada e devem bloquear uma das vias mais importantes de São Paulo, a avenida do Estado.
Entre as reivindicações, estão uma política de combate a despejos forçados (envolvendo a criação de um secretaria vinculada ao Ministério das Cidades), construção de política federal de aluguel social e tarifa zero para o transporte público.
ÔNIBUS
Nesta quarta-feira (10), os 17 terminais de ônibus foram fechados por membros da oposição do sindicato dos motoristas e cobradores de São Paulo. Os bloqueios duraram cerca de quatro horas e afetaram ao menos 400 das 1.320 linhas da cidade.
O grupo afirma que pretende fechar todos 29 terminais da cidade às 9h de amanhã, também como parte do "Dia Nacional de Lutas". , movimento de centrais sindicais que pretende paralisar São Paulo e algumas das principais cidades do país amanhã (11). As centrais sindicais devem se reunir em frente ao Masp, na avenida Paulista, a partir das 12h.
Segundo a SPtrans, empresa municipal de transporte, foram bloqueados os terminais Santo Amaro, Parque D. Pedro 2º, Capelinha, Campo Limpo, Grajaú, Varginha, João Dias, Lapa, Cachoeirinha, Pirituba, Casa Verde, Vila Prudente, Jabaquara, metrô Santana, Sacomã e Mercado, do Expresso Tiradentes. (Fonte: Folha/RUNO BOGHOSSIAN)
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