O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) apresentou requerimento de informações sobre a viagem da presidente Dilma Rousseff e comitiva a Roma, para a entronização do papa Francisco. O senador disse que, para cumprir uma agenda de cinco horas de compromissos oficiais, a presidente e sua comitiva permaneceram na capital italiana por três dias, tendo alugado 52 apartamentos em “hotel luxuosíssimo”, de acordo com a imprensa. Ele também criticou o pagamento, por empreiteiras, de viagens ao exterior feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na viagem à Itália, além dos 52 apartamentos, o parlamentar disse que foram alugados 17 veículos, numa “ostentação sem igual”. Afirmou terem sido gastos R$ 325 mil apenas em hospedagem. Ele comparou a comitiva brasileira com a representação enviada pelos Estados Unidos à cerimônia, composta pelo vice-presidente e alguns assessores, todos hospedados na embaixada americana em Roma.
Alvaro Dias quer saber, entre outras coisas, quantas e quais pessoas fizeram parte da comitiva; qual a missão e a função desempenhada por cada uma delas; o custo global da viagem; os gastos com transporte e alimentação da comitiva; quantas aeronaves oficiais foram utilizadas; quantos veículos foram utilizados; qual a origem dos recursos destinados ao pagamento dos custos da comitiva; e por que a comitiva brasileira não se hospedou na Embaixada do Brasil em Roma ou no Vaticano.
- Essa caravana milionária da presidente Dilma a Roma afrontou o bom senso e, sobretudo, a pobreza no país – afirmou o parlamentar, em pronunciamento nesta segunda-feira (25). Ele ressalvou, contudo, que não se posicionava contrariamente à ida da presidente à solenidade.
O senador tucano trouxe ainda ao Plenário dados publicados pelo jornal Folha de S. Paulo segundo os quais 13 de 30 viagens do ex-presidente Lula ao exterior foram bancadas por empreiteiras com interesses comerciais nos países visitados. De acordo com a reportagem, a visita do ex-presidente teria diminuído resistências a serviços das empreiteiras nos respectivos países. Para Alvaro Dias, o patrocínio das viagens seria uma consequência de vantagens auferidas durante o mandado do ex-presidente.
Em aparte, o senador José Agripino (DEM-RN) parabenizou o colega pelo pronunciamento.
Folha
Dilma, quatro ministros, assessores mais próximos e seguranças se hospedaram no hotel Westin Excelsior, na Via Veneto, um dos endereços mais sofisticados de Roma, num total de 30 quartos.
Um deles foi transformado em escritório para a Presidência da República.
A diária da suíte presidencial custa cerca de R$ 7.700, enquanto o quarto mais barato fica por R$ 910.
Outros 22 quartos, para pessoal de apoio, ficaram em local próximo. (Fonte: Agência Senado/Folha de S.Paulo - Encaminhado por Nina Guerreiro)
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