Na próxima sexta-feira, dia 13 de maio, a Emeb 'Cel. Júlio César' completa 115 anos. Para comemorar, pesquisas, seminários sobre a história da instituição, poemas e muita solidariedade encherão as salas de aulas e pátios desta importante instituição educacional de Itatiba. Desde o início de maio, está acontecendo a Gincana Solidária. Em 15 dias de arrecadações, os mais de 480 alunos das 20 turmas de 2011 arrecadam produtos não perecíveis em uma iniciativa que pretende doar mais de uma tonenalada de alimentos à Rede de Combate ao Câncer de Itatiba. “Sempre houve a gincana de alimentos, mas até 2009 os produtos arrecadados ficavam na própria escola para serem usados na festa junina. Desde o ano passado, estamos arrecadando para doar, para entregar a quem precisa”, afirmou Karina Maria Parodi Ricci Sesti, diretora do Júlio César. “Os alunos se empenham, vão à casa dos vizinhos e de toda a família”. A gincana segue até a sexta-feira, dia 13, e as turmas vencedoras passarão um período no Parque Luis Latorre, com piquenique e atividades lúdicas. Na sexta-feira, às 10h, encerrando as comemorações do aniversário, a Fanasa (Fanfarra da Escola Nazareth de Siqueira Rangel Barbosa) se apresenta no pátio da escola.

“O itatibense é o tipo de cidadão que sempre está disposto à ajudar e essa comemoração, com doação e participação de pais e alunos, é um exemplo disso. A família itatibense é o motivo de trabalho dessa Administração e a gincana solidária do Júlio César é um exemplo do quanto nossas famílias são referência”, afirmou João Fattori, Prefeito de Itatiba.

Em 2010, o total de alimentos arrecadados chegou aos 900 quilos e foi doado ao Asilo São Vicente de Paulo, que completava 100 anos. “Em 2011, fomos surpreendidos pela notícia de uma aluna com leucemia e por este motivo vamos doar à Rede de Combate ao Câncer de nossa cidade”, apontou a diretora.

“O Júlio César é uma escola pela qual muitos itatibenses passaram. É um ponto histórico de nossa trajetória. Comemorar seu aniversário, brindando a solidariedade, é um exemplo bonito e que nos orgulha”, afirmou a Profª Fatima Polesi Lukjanenko, Secretária de Educação.

“Não vejo a hora de que a minha sala ganhe. Já temos 100 pontos e ainda vamos trazer muito mais”, contou Julia Guedes Matias, 7 anos, aluna do 2º ano. Ela e a amiga Beatriz Franco moram no Centro e não medem esforços para arrecadar os alimentos.

A competição estimula meninas e meninos. Cauã da Costa Nibraim e Pedro Paulo Zizarde, de 8 anos, estão empolgados. “Já trouxe alimento da minha casa e também minha mãe está ajudando a conseguir mais”, contou o menino Cauã.

Poemas e outras homenagens
Além das duas semanas de gincana, os alunos do Júlio preparam apresentaçõe sobre a história da escola. Os mais velhos, dos 5º anos, apresentam ao logo desta semana uma pesquisa sobre o surgimento da escola aos mais novos, do 3º e 4º anos. Além das pesquisas, os alunos preparam poesias para o concurso “Meu Querido Júlio César”. Os poemas vencedores serão recitados durante as comemorações do dia 13.

História
(Fonte: Centro de Referência em Educação 'Mário Covas' do Governo do Estado de São Paulo)

O Grupo Escolar Coronel Júlio César foi criado em 13 de maio de 1896, e instalado em 1 º de julho do mesmo ano, em um prédio situado na rua Benjamim Constant, alugado pela Câmara Municipal. A reforma do prédio foi feita às expensas da municipalidade. A instalação realizou-se sob a direção do sr. Ramon Roca Dordal, então diretor da Escola Modelo do Carmo. Como havia ocupado o posto de professor na primeira cadeira dessa cidade, entre abril de 1889 e agosto de 1894, foi nomeado, em maio de 1896, para organizar esse estabelecimento.

Em meados de julho de 1901, a Câmara Municipal alugou outro prédio na mesma rua, um pouco abaixo da casa primitiva, e depois de adapta-lo propôs ao Governo a transferência do grupo.

Construído posteriormente pelo governo da primeira república, o atual prédio teve sua pedra fundamental lançada em 1906. Este prédio, edificado conforme os padrões escolares da época, possui salas de aula ao redor de um claustro central projetado para receber a vivência comunitária da escola.

O majestoso edifício faz parte de um conjunto de projetos de autoria de José Van Humbeeck.

Pelo alto valor histórico na evolução educacional do Estado de São Paulo, o prédio é protegido pela lei municipal 3.418 de dezembro de 2000 e foi tombado pelo Conselho do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT).

Atualmente, a escola oferece Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano) e atende 480 alunos (Fonte: ACPMI)