Segundo informa Prefeitura de Itatiba, "O evento, que aconteceu no Bairro dos Pires, resultou no atendimento de 75 trabalhadores da agricultura e pecuária e a realização de 65 exames de investigação toxicológica. Somente são examinados os trabalhadores após triagem, para que se certifique o contato direto com o agroquímico.
Essa busca ativa visa prevenir futuras doenças decorrentes da quantidade de substâncias tóxicas acumuladas no organismo, provenientes da manipulação de agroquímicos. O material coletado foi encaminhado ao Instituto Adolfo Lutz para teste de colinesterase plasmática e eritrocitária. Os resultados são retornados ao Departamento de Vigilâncias em Saúde, que entrará em contato com os positivados para dar continuidade ao procedimento."
Conscientização
Ainda segundo a assessoria municipal, "Os trabalhadores também contaram com orientações para conscientização do uso do EPI – Equipamento de Proteção Individual e o manejo adequado das embalagens e resíduos tóxicos, com a palestra ‘Boas Práticas Agrícolas no Uso de Agrotóxicos’, ministrada pelo Engenheiro Agrônomo Robson Greguer, da empresa agrícola Syngenta Brasil.
As ações foram realizadas pelo Departamento de Vigilâncias em Saúde e têm apoio da Casa de Agricultura de Itatiba, das Secretarias de Saúde, de Meio Ambiente e Agricultura, da Ação Social, Trabalho e Renda, da Syngenta Brasil, e do Setor de Toxicologia do Departamento de Medicina Preventiva da Unicamp e Instituto Adolfo Lutz."
Monitoramento
De acordo com o doutor Ângelo Zanaga Trapé, coordenador do Laboratório de Toxicologia do Departamento de Saúde Ambiental da Unicamp, a realização da campanha anual garante o monitoramento de alterações importantes na saúde do trabalhador rural. “A cada ano que passa, encontramos menos problemas importantes na saúde do trabalhador que sejam causados por agrotóxicos e que sejam de origem ocupacional. Credito isso ao acesso à informação, a essa articulação dos municípios com os sistemas de saúde e ao maior controle social”, informou o doutor. Ele ainda fornece um dado bastante importante, resultante do programa de monitoramento da saúde de populações expostas a agroquímicos. “Faz cinco anos que não existe nenhum caso de internação no Hospital das Clínicas da Unicamp, por intoxicação aguda por agrotóxicos com origem ocupacional”.
Eguinaldo Godoy, 34, trabalha há 15 anos na agricultura e tem uma plantação de vagem no Loteamento Portal São Marcelo. Ele afirma usar EPIs, mas se preocupa por trabalhar diretamente com agrotóxicos. “Muito bom esse programa, porque nós ficamos mais informados e evitamos nos descuidar com o uso correto do EPI, além de ficar sabendo se está tudo bem com a saúde”, disse.
Exames em Itatiba
Esse é o terceiro encontro com a comunidade rural. O primeiro aconteceu em agosto de 2012, no bairro Morro Azul. Foram atendidas naquela ocasião mais de 180 pessoas, com 121 encaminhadas para a análise de sangue complementar de diagnóstico para as intoxicações. O segundo encontro aconteceu em novembro do mesmo ano, no bairro Tapera Grande, e resultou no exame de 75 trabalhadores da agricultura e agropecuária. (Fonte: ACPMI)
Fotos:
Além dos exames, os trabalhadores receberam orientações sobre o uso correto dos EPIs
“Muito bom esse programa, porque nós ficamos mais informados e evitamos nos descuidar, além de ficar sabendo se está tudo bem com a saúde”, Eguinaldo Godoy, 34
Cecília Oliveira Franco Ferreira, da Vigilância Sanitária, doutor Ângelo Zanaga Trapé, coordenador do Laboratório de Toxicologia do Departamento de Saúde Ambiental da Unicamp, Dra. Solange Vicentini Teixeira Möessenböeck, Diretora do Departamento de Vigilâncias em Saúde, doutor Ricardo Sallai Viciana, professor da Unicamp, e a Engenheira Agrônoma Mariana Andretta, Diretora do Departamento de Agricultura de Itatiba
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