O BANANÃO CONTINUA LINDO
Dor no coração ao saber que um conhecido paga U$78,00, pelo tributo semelhante ao IPVA do seu Porsche Panamera e U$80,00 de seu jeep Mercedes, nos Estados Unidos da América, valores esses bem inferiores ao que pagamos por aqui.
Ainda no mesmo contexto, recentemente a Folha através de um colunista social afirmou que comer em restaurante em Paris é mais barato do que comer em São Paulo ou Rio.
Fiquei indignado e sem resposta para minha dúvida – porque chegamos nesse patamar? Será que votamos mal? Será que não sabemos escolher? Será que o Bananão tem praga de mãe?
Não tenho vergonha de afirmar, que fico com os olhos marejados e com lágrimas de saudades da minha adolescencia, juventude e mocidade, do tempo que não tinha responsabilidade (encargos) alguma.
Tudo era melhor, começando pelo ar, pelas pessoas, pela segurança, pelos políticos e até os costumes eram mais simples; havia certa ingenuidade a nos proteger, um romantismo nos envolvia e até as pessoas eram mais contidas, respeitadoras e as coisas aconteciam em câmara- lenta.
Hoje está tudo mais rápido; o progresso apressou tudo, da mesma forma que as pessoas, pra não ficar para trás e não perder o bonde da história se inseriu neste contexto, transformando o cotidiano numa loucura generalizada.
Alguns bordões daquela época ainda hoje são usados: “sapo de fora não xia”, “falar demais pode dar bom dia pra cavalo”, “tudo que vai, volta”, “tudo que sobe desce”, “tudo que entra, sai...”
Hoje o “sapo de fora”, além de xiar muito, tem presença ostensiva, agressiva e provocante na nossa sociedade; não respeita os nativos, tornando-se quase sempre um desafeto, pra não falar coisa pior. Falta-lhe compostura, simancol, fala demais, quer ocupar seu espaço custe o que custar, doa a quem doer...
Era uma época de romantismo puro, de alegria incontida, inconsequente, vivíamos sem responsabilidade maior, sem a AIDS, sem a agressividade dos tributos, sem a intensividade dos noticiários policiais e de corrupção; não que não existissem, existiam sim, mas era com mais naturalidade.
Hoje temos a impressão, que alguns políticos são membros de facção criminosa, verdadeiros quadrilheiros. Aonde vamos chegar? Não existe limite a nos assombrar, a cada momento nasce uma denuncia de corrupção, desvio de verba pública, enriquecimento ilícito, etc etc.
Recém inaugurada a rodovia D.Pedro I tinha mão única e pouco tráfego.
O salário era bem menor, mas agingantava-se no dia do pagamento; durava poucos dias, mas o suficiente para uma extravagância como uma esticada no Giovaneti, ou ao Bar da Linguiça ou à zona.
As prostitutas eram mais doces, mais amorosas, mais ingênuas, mais gente.
Estou muito nostálgico...
Wagner Sampaio é Advogado
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