Quase 80% pretendem gastar com presentes para amigos e parentes, índice praticamente igual entre as classes A, B e C. Além disso, cada um planeja desembolsar, em média, um total de R$ 623,20 --valor 23% superior ao indicado no fim do ano passado.
Os dados animadores para o comércio estão na pesquisa Datafolha sobre hábitos de consumo dos moradores da cidade. Realizado nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, o levantamento ouviu 427 pessoas das classes A, B e C, com 16 anos ou mais. A margem de erro é de cinco pontos, para mais ou para menos
Chama a atenção a empolgação natalina ser generalizada entre as classes sociais. Na classe A, 76% dizem que vão comprar presentes. Nas classes B e C, os percentuais são, respectivamente, de 78% e 76%.
"Existe um grau de expectativa econômica positiva em relação aos anos anteriores, principalmente quando vemos o valor médio que cada um pretende gastar", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.
Segundo ele, o resultado da pesquisa é uma "constatação objetiva de que há um crescimento do poder aquisitivo percebido pelo paulistano".
Sobre a intenção de compras ser alta entre as três classes sociais, Paulino avalia que isso ocorre porque o consumo subiu mais na classe C, o que está impulsionando as compras deste fim de ano.
Embora os três estratos tenham expectativas semelhantes, eles divergem, porém, em dois itens: valor que cogitam gastar e comparação com o ano passado. Em relação ao Natal de 2011, 71% dos paulistanos da classe A planejam comprar a mesma quantidade de regalos.
Na classe B, 44% dão a mesma resposta e 26% afirmam que comprarão mais do que ano passado --13 pontos a mais do que a classe A.
Entre a classe C, a cautela é maior: 36% dizem que vão comprar menos, o maior percentual entre as três classes (28% na classe B; 16% na A). A maioria da classe C, 44%, pretende comprar a mesma quantidade que há um ano.
Sobre valores que desejam gastar, as intenções acompanham os bolsos --ou seja, quem tem renda maior planeja gastar mais dinheiro.
Sendo assim, o paulistano que pertence à classe A pretende desembolsar média de R$ 1.110 para comprar presentes neste fim de ano. Na classe B, a média baixa para R$ 734. Já na faixa dos que fazem parte da classe C, esse total cai, embora ainda seja alto: R$ 404.
Na hora de pagar, a maioria, 56%, afirma que irá usar cartão de crédito ou débito, índice que sobe para 80% entre os mais ricos. Em segundo lugar, vem o dinheiro, citado como meio de pagamento por 42%. Entre os mais velhos e a classe C, esse percentual atinge 58%.
OS MELHORES SHOPPINGS
Os paulistanos também responderam ao Datafolha qual é o melhor shopping da cidade. O resultado trouxe seis estabelecimentos, de quatro regiões, empatados tecnicamente em primeiro lugar: Aricanduva, Morumbi, Iguatemi, Ibirapuera, Center Norte e Metrô Tatuapé. A pergunta foi feita de forma espontânea, quando nenhum nome é apresentado ao entrevistado.
Na hora de escolher um shopping para fazer compras, a maioria dos paulistanos considera mais importante, nesta ordem, a variedade de lojas (20%) e os preços baixos (13%).
Entre a classe A, o quesito variedade importa muito mais, tendo sido citado por 37%. Depois, preços baixos empatam com facilidade para estacionar, ambos com 10%.
Já para a classe C, os preços baixos são o mais relevante, com 18%.
De forma geral, 82% dos paulistanos costumam ir a shoppings em busca de diversão, número que supera em 11 pontos percentuais o grupo que costuma ir exclusivamente para compras. Entre os que procuram lazer, 20% têm o hábito de ir ao shopping uma vez por mês.
Os mais jovens (94%) e a classe A (93%) são os que mais procuram shoppings para se divertir. Entre os que têm o hábito de ir só para comprar, há grande variação entre as classes: 90% costumam fazer isso na classe A, ante 61% entre a classe C.
CLICANDO E COMPRANDO
Tipo de comércio que só aumenta entre os brasileiros, a compra pela internet ainda tem muito espaço para crescer entre os paulistanos, principalmente entre os mais velhos, os menos escolarizados e a classe C.
Apesar de 72% terem acesso à internet, 45% dos paulistanos nunca fizeram compras on-line. Entre os que têm só o ensino fundamental, o percentual dispara para 87%. Já entre a tão falada classe C, 64% jamais compraram na internet.
"A confiança nesse novo modelo vai se estabelecendo com o tempo. Mas o número de pessoas que compram on-line já é bastante significativo", avalia Paulino, do Datafolha.
Quem aderiu ao comércio pela internet se mostra fiel. Entre os que já realizaram compras dessa forma, 80% o fizeram nos últimos seis meses.
E os internautas compram de tudo: livros (36%), roupas e calçados (30%), artigos de informática (26%) e eletroeletrônicos (26%), principalmente. A média de gasto da última compra feita on-line é R$ 440,90.
Mas mesmo quem não compra pela internet costuma usar a rede para achar o melhor preço: 82% pesquisam valores, percentual que subiu 17 pontos desde o ano passado. E, assim, o paulistano vai descobrindo novas formas de gastar dinheiro. (Fonte: Folha)
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