A bomba de Willis teria tanto impacto na rocha quanto uma bombinha de São João e seria usada tarde demais, quando o planeta já estaria condenado, acrescentaram.
“O nível da nossa tecnologia atual não é nem de perto suficiente para proteger a Terra de um asteroide como aquele usando este tipo específico de defesa de meteoros”, destacaram os estudantes da Universidade de Leicester (centro da Inglaterra) no artigo intitulado “Bruce Willis poderia salvar o mundo?”.
No filme campeão de bilheteria de 1998, Willis interpreta um perfurador de petróleo escalado pela Nasa para deter um asteroide do tamanho do Texas em rota de colisão com a Terra.
Ele pousa no asteroide e fixa um dispositivo nuclear que, uma vez detonado, divide a rocha em dois pedaços que passam raspando de cada lado da Terra.
Os pesquisadores explicaram que explodir um asteroide daquele tamanho, com cerca de 1.000 quilômetros de diâmetro, exigiria usar uma bomba um bilhão de vezes mais forte do que a maior bomba já detonada na Terra, a soviética “Big Ivan”, que explodiu em um campo de testes em 1961.
De qualquer forma, o asteroide teria que ser detectado muito mais cedo do que no filme, escreveram os cientistas no periódico da universidade, intitulado Journal of Special Physics Topics.
Os 18 dias de prazo de Armageddon “não daria tempo para Bruce viajar ao asteroide e perfurá-lo até o núcleo, nem mesmo para partilhar momentos significativos com Ben Affleck ou Liv Tyler pelo caminho”, destacou o estudo.
No filme, Liv Tyler interpreta a filha de Willis e Affleck, seu namorado.
Na verdade, o asteroide teria que ser detectado e explodido a 13 bilhões de quilômetros da Terra, ou seja, nos limites do Sistema Solar, para dar às duas metades tempo suficiente para terem o curso alterado e não caírem no planeta.
No entanto, nem tudo é negativo neste estudo.
Se o fim do mundo está previsto para 12 de dezembro de 2012, data supostamente indicada no calendário maia, teríamos alguns meses de vantagem para fazer algo a respeito.
“Um método alternativo possível seria mover o asteoide com dispositivos de propulsão presos a ele”, explicou Ben Hall, de 22 anos, coautor do estudo.
“O que é certo é que a maior parte dos métodos exigiriam uma detecção muito precoce de um asteroide deste tipo e um planejamento muito cuidadoso para se chegar à solução”, concluiu. (Fonte: UOL)
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