Tem mais vitamina C que a laranja, com a diferença de que não perde os nutrientes se exposto a altas temperaturas. Estudos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) já renderam um livro sobre o tema.
Pelo alto valor nutricional, a ideia é evoluir para o cultivo e o desenvolvimento do agronegócio. “Em São Paulo, há dois mil hectares de plantações de
camu-camu”, diz o pesquisador do Inpa Kaoru Yuyama.
“Uma polpa de 100 gramas de camu-camu tem 2% de vitamina C. Na laranja, que é conhecida por esse potencial, o nutriente é facilmente perdido se exposto a temperaturas acima de 80° C. Com o camu-camu, dá até para fazer geleia”, explicou Yuyama.
Na fase atual, o camu-camu está sendo “domesticado” pelos pesquisadores do Inpa. Sobre o fruto, há estudos em vários países amazônicos, mas Manaus lidera as pesquisas, de acordo com Yuyama.
Em estado silvestre, o camu-camu só se reproduz uma vez por ano. Com os estudos feitos pelo instituto, o fruto está se desenvolvendo três vezes em 12 meses. “Em rios, demora para se multiplicar, mas esse número aumenta em terra firme nos meses de março e setembro”, afirmou o pesquisador.
A fruta silvestre não faz parte do cotidiano manauense, mas Yuyama explicou que, durante as visitas técnicas para estudo, é fácil encontrar o camu-camu à venda nas feiras. “Em Tabatinga, o pessoal vende junto com outros frutos”, diz.
O camu-camu tem atraído o interesse de estudiosos americanos. “Amanhã mesmo, vou ter uma reunião com pesquisadores de lá para falar sobre as pesquisas”, disse. Apesar da importância nutricional, o camu-camu ainda não é patenteado no Brasil. (Fonte: Girlene Medeiros/ G1)
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