Para colocar em prática os ideais da luta antimanicomial, pacientes e funcionários que participam da oficina de Horta Terapêutica, desenvolvida pela Municipalidade no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) fizeram uma confraternização no último sábado, dia 19 de maio. “O próprio passeio pode ser considerado uma Oficina Terapêutica, pois integra os pacientes com a equipe. E é também uma forma de inclusão social”, explica Telma Marques Silva, coordenadora do CAPS II. O passeio é resultado direto do trabalho desenvolvido na horta. A terapia envolve o cultivo, a colheita, a venda e a utilização do dinheiro arrecadado em atividades em grupo.
“A luta acontece todos os dias. O evento que fizemos na Praça na semana passada foi uma forma de sensibilizar a população sobre os maus-tratos que acontecem em hospitais psiquiátricos. Muitas vezes, as pessoas entendem a luta antimanicomial como fechamento dos manicômios e não é somente isso. Lutamos por um tratamento humanizado, digno, com respeito. Há momentos em que é necessária uma internação, mas é melhor tratar junto da família, com a equipe, no próprio município”, explica Telma. Dentro deste contexto, a inclusão é parte importante da luta antimanicomial e a confraternização da oficina Horta Terapêutica foi a materialização deste ideal. “Os CAPSs têm a missão de inclusão, reabilitação psicossocial voltada para a cultura, lazer, comunidade”, lembra a coordenadora.
Confraternização
O grupo formado por pacientes e funcionários se reuniu em uma pizzaria. O que para muitos é uma atividade comum, para o grupo é uma terapia. “É uma maravilha sair com o pessoal. Eu gosto”, disse a paciente Maria do Carmo de Lima, 29 anos. Renato Búfalo, 48 anos, paciente, concorda: “É legal. A gente sai um pouco de casa no sábado”.
A confraternização faz parte da oficina Horta Terapêutica do Programa de Saúde Mental Municipal, e tem mostrado resultados positivos na socialização dos pacientes. Os objetivos terapêuticos da oficina são a socialização, o trabalho em equipe e a autonomia, entre outros. O projeto conta com o auxílio da Casa da Agricultura e Viveiro Carrara, que fornecem mudas e apoio técnico e Marmitex Maricelma. (Fonte: ACPMI)
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