Chamado Global Entry, o programa está disponível para cidadãos norte-americanos, holandeses e mexicanos, mas sua aprovação ainda depende do governo brasileiro.
Ele vai permitir que trabalhadores que viajam regularmente aos EUA, como pilotos de empresas aéreas, jornalistas e empresários, evitem a fila de controle de passaportes.
Caso seja aprovado, o viajante ganhará uma carteirinha do programa. Ao chegar no aeroporto de destino, deve passar por um guichê digital que emite um recibo que o libera para pegar a bagagem.
Para se cadastrar, o viajante deverá pagar uma taxa de 100 dólares ao governo americano e esperar por uma resposta. O projeto inicialmente não irá contemplar viagens a turismo.
Os usuários passarão por uma checagem rigorosa de dados, segundo o consulado. A taxa não será devolvida caso a resposta seja negativa.
Em 2 meses, Embaixada dos EUA dá 180 mil vistos a brasileiros
Apenas nos primeiros dois meses do ano, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil concedeu 181.318 vistos a brasileiros. O consulado que mais emite autorizações é o de São Paulo, registrando média de 2.236 vistos concedidos por dia.
O tempo de espera para o agendamento de uma entrevista para visto varia entre Brasília, São Paulo, o Rio de Janeiro e Recife. Quem opta por São Paulo e Rio pode ficar até 23 dias esperando a conclusão do processo.
Apenas em 2011, mais de 1,5 milhão de brasileiros visitaram os Estados Unidos. Nos primeiros meses deste ano, já houve um aumento de 49%, sendo que no Rio de Janeiro a procura por vistos para os Estados Unidos praticamente dobrou.
Em comunicado, a embaixada informou que trabalha para "atender à demanda" por vistos, ao colocar mais funcionários nesse tipo de atividade, ampliando os horários de atendimento e buscando agilizar os processos.
Pelos dados do governo dos Estados Unidos, nos últimos cincos anos os pedidos de vistos de não imigrantes aumentaram 230%. Apenas em 2010, o Consulado-Geral de São Paulo emitiu mais de 319 mil vistos --mais que qualquer outra seção consular dos Estados Unidos no mundo.
Tirar visto de turista para ir aos EUA fica mais rápido
No dia em que Obama fez este anúncio em discurso em Orlando , Florida, a espera pela entrevista era de 76 dias. Quem agendou ontem vai aguardar 25 dias. Na última terça, o prazo era de 16 dias.
A medida, que tem o objetivo de estimular a economia americana, também surtiu outro efeito: diminuiu a espera nas filas dentro do consulado.
O órgão tem 24 entrevistadores. A meta é dobrar esse número e passar dos atuais 3.000 candidatos ao visto atendidos por dia para 4.500 até junho.
Consulado dos EUA dobra número de funcionários
A meta é que até o final do ano sejam atendidas 5.000 pessoas por dia -hoje, são 3.000, segundo o cônsul americano William Popp. Com isso, o número de vice-cônsules americanos que fazem as entrevistas deve ir dos cerca de 20 atuais para 40.
Outra medida para facilitar a concessão de visto é ampliar a não obrigatoriedade da entrevista -hoje, menores de 14 anos e idosos com mais de 80 já não precisam ser entrevistados, e a ideia é ampliar essa faixa etária. Os novos limites de idade ainda não foram definidos.
Quem renovar o visto não precisará de entrevista, desde que ele esteja vencido há até um ano. As possibilidades de isenção serão detalhadas em três meses.
Segundo o cônsul, as medidas vão aumentar em até 40% a capacidade dos postos, mas não vão diminuir o número de vistos reprovados -cerca de 5% do total.
As medidas são parte da política de facilitação da entrada de brasileiros no país, anunciada presidente Barack Obama recentemente.
Aprovado, o interessado pode agendar uma entrevista presencial, que será feita inicialmente nos EUA, segundo o Consulado Americano em São Paulo. A medida é mais uma que visa facilitar a entrada de brasileiros no país.
Em janeiro, o presidente Barack Obama anunciou que os consulados do país teriam maior agilidade no atendimento, menor tempo para emissão do visto e dispensa da entrevista para certas categorias, como jovens e idosos.
Outra medida foi dobrar o número de funcionários que fazem as entrevistas nos consulados do Brasil. (Fonte: Folha.com)
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