A ação é realizada pela Apas (Associação Paulista de Supermercados), cujo objetivo é banir o uso das sacolinhas plásticas descartáveis
A campanha vem sendo veiculada em jornais, televisão, mídias sociais e em ações de marketing dentro dos supermercados.
A decisão unânime, votada por seis integrantes da 1ª Câmara do Conselho de Ética do Conar, atende a uma representação da Plastivida (Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos). A entidade questionou a veridicidade da campanha, com base em regras do código de autorregulamentação publicitária que consideram oito itens da ética publicitária que devem ser respeitados nos apelos de sustentabilidade usados em propagandas.
"É uma tentativa de propaganda enganosa porque a campanha diz que a sacola é descartável, quando ela é reutilizável, comprovadamente por pesquisas feitas com a população. Além disso, a campanha não apresentou informações com exatidão e clareza nem citou fontes científicas para comprovar que, ao banir a sacola, o problema do meio ambiente está resolvido", afirma Jorge Kaimoti, advogado da Plastivida.
O Conar considerou ainda o argumento usado pelo instituto de que, em momento algum da campanha, a associação de supermercados informou que o custo das sacolas já é embutido no preço dos produtos. "A sacola nunca foi fornecida gratuitamente. E, apesar de deixar de distribuí-las, continuaram a ser cobradas de forma indireta", disse o advogado.
VAREJO
A Apas informou, por meio de sua área jurídica, que não recebeu ainda comunicado oficial sobre a decisão do Conar.
E, após tomar conhecimento dos motivos que levaram à suspensão da campanha, decidirá que medidas serão tomadas. Entre elas, se recorrerá da decisão. (Fonte:CLAUDIA ROLLI/ Encaminhado por Pedro Mascagni Filho)
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