Trata-se de uma iguaria da culinária Goiana, espécie de risoto, onde a base é o arroz, com carne de porco, frango, legumes e condimentos regionais. Semelhante a paeja espanhola
É um prato pra comer rezando, como costumam dizer os goumerts.
Dentro desse contexto, é oportuno esclarecer que essa expressão apareceu na mídia recentemente, cerca de quinze dias, e o pessoal está tão antenado com tudo o que está acontecendo, que logo surgiu a informação de que uma autora de culinária, irá lançar um livro, aproveitando a deixa, cujo titulo é “arroz de puta pobre”.
Seja lá como for, aqui começa nossa história.
Para os rapazinhos iniciantes na vida sexual, como galinhos soltos em um terreno, há todo um glamour, mistério que os enche de vaidade masculina, quando começam a debutar na zona, ou pra ser mais delicado, na vida mundana.
Tudo é novidade. A descoberta da mulher, dos prazeres, e da própria masculinidade, a boca de pelo, etc etc, é uma situação que tem algo de fantástico, indescritível, momentos que se guardam pro resto da vida, tipo chegada ao Paraíso...
Certa feita, um grupinho de iniciantes, a convite de outro mais experiente, davam os primeiros passos nesse paraíso.
Diga-se de passagem esse amigo experiente, era tão competente, que diziam que ele costumava “se fingir de morto, para comer o coveiro”.
O tal amigo experiente costumava ir numa determinada casa na zona em Campinas. E costumava fazê-lo a tardinha, quando não existia movimento.
Nessas ocasiões, as mulheres já todas enfeitadas, trajando pouca roupa, colorida, ficavam na porta das casas a espera dos fregueses.
Os iniciantes chegaram a casa de táxi, mas somente o mais experiente entrou, e foi recebido aos abraços e beijos pelas mundanas; os demais resolveram dar uma voltinha pela vizinhança, voltando momentos depois.
Quando retornaram eram esperados pelas mesmas mulheres que lhes perguntaram:
- Foram biscatear por ai?
Naquele época esse mundo era muito glamouroso, sem doença, sem maldade, diria romântico.
Nesse dia havia uma festinha na casa com convitinho personalizado, tipo inauguração de uma ala da casa.
Convite nominal, igual ao casamento da Angélica, todos os iniciantes receberam, por prestígio pessoal do mais experiente, que vamos chamar de “Cusca”.
Todos os poderes locais estavam reunidos na casa, Executivo, Legislativo, Judiciário, Mundano e Eclesiástico inclusive a cúpula da polícia.
Havia garçons servindo salgadinhos e bebidas, e uma orquestra animando o baile.
O local e os ingredientes compunham a química correta para acontecer o imponderável, o inimaginável, o extraordinário, enfim com “o dedo do demo”. E foi o que aconteceu:
Um figurão da política de Campinas, queimando óleo 60, recém casado com uma beldade, e diga-se de passagem nada sociável, foi à festa.
Tratava-se de um homenzarrão de quase 200 k, muito simpático, falante, e que resolveu tomar todas as que tinha direito, por conta da festa.
Não se sabe ao certo porque, essa figura resolveu molhar o biscoito com uma rapariga, e o fez fora da casa, nos fundos num caminhão velho, embora houvesse quase duas dezenas de quartos disponíveis com colchão de água, mini piscinas etc etc.
Coisa de exótico!
Lá pelas tantas, a esposa desse senhor invadiu o recinto da festa a procura do marido e fez um escândalo danado.
Alguém, provavelmente foi-lhe dar a notícia e o fez de mau jeito, pois, houve conseqüências.
Retirada a senhora do local pelos seguranças, com a desculpa de que o marido não estivera ali, embora todos os assessores do mesmo estivessem, esta saiu esbravejando.
Até então não se tinha notícia do acontecido no interior do caminhão.
Consta que, o homenzarrão em momentos descompassados de sua copula, após o aviso da presença da mulher, estando nu, e provavelmente acelerando o trem Maria Fumaça, sem conservação, no percurso ejalulation-nervo-teso, os trilhos já gastos, carcomidos pelo tempo, com barba de bode invadindo o caminho, desajeitado pelo tamanho e local, num desses momentos indescritíveis da vida aconteceu: Descarrilhou? Não, pior que isso, ao sacolejar freneticamente abotoou o anus na maçaneta do veiculo, ficando preso, literalmente pelo rabo.
Bem, resumindo: foi necessário chamar ambulância, paramédicos, bombeiros etc para resgatar referido político.
No fim da operação resgate, estando o homenzarrão são, salvo, com o rabo costurado, e como não restasse mais nada pra ser servido aos presentes, exceto uma travessa de bacalhau desfiado, uma rapariga teve a idéia de fazer um arroz com passas e o incrementou com um pouco de molho branco, para servir a todos.
Não agradou ao paladar simplório dos iniciantes na vida mundana, desta, acostumados com arroz, feijão, ovo e salada.
E teve alguém que esbravejou no retorno: esse arroz de puta... pqp...
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