Não sou proprietário de jornal, rádio, TV, twitter, facebock, ou Orkut, mas sou candidato, aliás diga-se de passagem candidatissimo!
Aproveitando a enxurrada de candidatos à candidatos, que proliferam neste ano pré eleitoral, nesta oportunidade estou também me lançando.
Nostálgico após assistir à excelente apresentação do Grupo Piracema, no última Festa de San Genaro, no Parque da Juventude, conclui, após uma rápida viagem à minha infância, que sou candidato a nunca mais ver e ouvir a Banda do Saco, que outrora trouxe encantamento a cidade, com sua originalidade, independência, irreverência e senso critico.
Banda que trajava-se, conforme o nome, com terno confeccionado de saco de estopa e costumava sair para apresentações na cidade executando musicas carnavalescas antigas, de conhecimento de todos; era muita popular na época e desapareceu sem deixar vestígio.
Havia todo um cerimonial antes da saída da referida banda, logicamente com forte fundo etílico. Após o que, saía garbosamente desfilando pela cidade, então provinciana, pequena, charmosa.
Itatiba essa que sou candidato também a nunca mais ver.
Sou forte candidato a nunca mais ver o Jacarezinho vivo, com pessoas pescando às suas margens ou utilizando-se do rio das mais variadas formas.
Sou candidato a ficar careca, a nunca mais jogar futebol de salão, esporte que pratiquei por mais de 25 anos nesta cidade, defendendo o time da Gráfica Sampaio.
Sou candidato a nunca mais ver alguns colegas da DP de Sto André, que já subiram para o primeiro andar, do Cartolinha Clube, das noitadas de plantões noturnos com 32 boites funcionando à todo vapor, com alguns mega shows acontecendo ao mesmo tempo, na mesma cidade, e uma insegurança que começava a crescer, no começo dos anos 70.
Sou candidato a nunca mais tomar café da manhã na Padaria Flor de Liz, na Avenida Senador Flaker, centro velho de Sto André – talvez tenha sido a primeira vez que vi uma “merça SLK”, e me apaixonei à primeira vista, de propriedade do português, também dono da padaria, o qual teimava em andar com a capota abaixada em plena madrugada, onde a friagem da serra do mar era intensa, sempre muito bem acompanhado por uma das meninas do Sargentelli.
Sou candidato a nunca mais ver um futebol brasileiro, jogado como se jogava antigamente, e que nos deu cinco títulos mundiais, com craques como Pelé, Rivelino, Gerson, Garrincha, Didi, Canhoteiro etc. Essa safra atual, só Neymar se salva, o resto beira a mediocridade.
Chega, esse clima de Dezembro me deixa muito nostálgico.
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