O esportivo argentino "Olé" destaca o falecimento com reverência: "Foi-se um grande". No texto, lembra das duas últimas internações e lamenta, desta vez, a impossibilidade de "driblar o destino". E ainda cita o ídolo corintiano como um dos "símbolos do futebol verde e amarelo" e sua importância "dentro e fora de campo".

O inglês "The Guardian" também coloca a notícia entre suas manchetes, relembrando a carreira do capitão da seleção brasileira com direito a galeria de fotos e texto especial de um de seus colunista. O artigo recorda também sua participação, em 2004, já aposentado e com 50 anos, em um jogo do modesto Garforth Town.

O francês "Le Monde" chama a atenção para o estilo peculiar de Sócrates: "Um futebolista romântico e revolucionário" e explica com detalhes a chamada "Democracia Corinthiana", movimento da década de 80 de que fez parte e foi um dos principais líderes --ao lado dos também corintianos Wladimir, Zé Maria e Casagrande.

Em sua versão mundial, o site do periódico sul-americano "El País" segue linha parecida, definindo o ex-jogador como "democrata do futebol" e narra sua biografia. Ao final, elenca frases memoráveis de sua autoria, como "O povo me deu poder como um futebolista popular" e "Troco os meus gols por um país melhor".

O "Gazzetta dello Sport", da Itália, onde Sócrates atuou pela Fiorentina por uma temporada, lembra da famosa vitória de sua seleção contra a brasileira, na Copa do Mundo de 1982. E separa vídeo com alguns lances da carreira do meia. Recurso também utilizado pelo diário esportivo espanhol Marca, que fala em "adeus" ao Doutor.

O alemão "Bild" cita o comportamento de Sócrates, que "fumava 20 cigarros por dia" e se intitulava "um artista do futebol". E, no fim, estranhamente, coloca uma galeria de fotos do argentino Maradona, segundo eles, "o melhor de todos os tempos". (Fonte: Folha)