O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (24) campanha publicitária para alertar a população sobre sintomas, prevenção e diagnóstico da tuberculose, que é a terceira causa de óbitos por doenças infecciosas no Brasil e a primeira entre pacientes com aids, segundo o Ministério da Saúde
Atualmente, o Brasil ocupa o 19º lugar no ranking dos 22 países que concentram 80% dos casos em todo o mundo.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil reduziu de 73.673 para 70.601 o número de novos casos de tuberculose entre 2008 e 2010 – o que representa 3 mil casos novos a menos no período. Com a redução, a taxa de incidência – número de pacientes por 100 mil habitantes – baixou de 38,82 para 37,99.
Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, “mantido o progresso atual, em cinco anos estaremos muito próximos de deixar o grupo dos 20 países com mais casos no mundo”. Ele divulgou dados sobre a tuberculose no Brasil nesta quinta, por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose.
Campanha – O objetivo da campanha publicitária é alertar a população quanto ao principal sintoma da tuberculose, tosse por mais de três semanas, e estimulá-la a procurar o diagnóstico precoce da doença nas unidades de saúde públicas e privadas. A mensagem da campanha é: “Tosse por mais de três semanas pode ser tuberculose. Procure uma unidade de saúde”.
O tratamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e dura seis meses. Quando realizado sem interrupções, o paciente é curado, além de deixar de transmitir a doença logo nas primeiras semanas. “A tuberculose ainda existe e não tem classe social”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Sintomas – Barbosa afirmou que a “população deve ficar atenta ao principal sintoma da tuberculose, que é tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro. Apresentando esse sintoma, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico. Se for tuberculose, o tratamento é iniciado imediatamente e a cadeia de transmissão é interrompida”.
O secretário explicou que o tratamento dura seis meses e não pode ser interrompido, pois dessa forma, é possível obter a cura da doença e a redução da transmissão. Em 2008, o percentual de cura foi de aproximadamente 73%, de acordo com o Ministério da Saúde. A meta do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), da Secretaria de Vigilância em Saúde, é atingir 85%, como recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Grupos – No Brasil, o grupo na faixa etária que vai dos 20 aos 49 anos é o mais atingido pela tuberculose, abrangendo em torno de 63% dos casos novos da doença registrados em 2009. A incidência entre os homens – cerca de 50 casos por 100 mil habitantes – é o dobro do que é observado entre as mulheres.
Nas populações mais vulneráveis, as taxas são maiores do que a média nacional. Entre os indígenas, a incidência é quatro vezes maior que a taxa nacional. Na população carcerária, é 25 vezes maior. Entre os portadores de HIV, é 30 vezes maior. O Ministério da Saúde ressalta que a tuberculose afeta todos os segmentos da sociedade, independentemente de renda ou da escolaridade.
Estados – Com base em dados de 2010, o Ministério da Saúde informou que as as maiores incidências de tuberculose estão no Rio de Janeiro, com 71,8 casos por 100 mil habitantes; o Amazonas, com 69,2 casos; e Pernambuco, com 47,5 casos.
As menores taxas de incidência do país foram registradas no Distrito Federal, com 11,7 casos por 100 mil habitantes; e Tocantins, com 13,6 casos por 100 mil habitantes. (Fonte: G1)
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