O BOBO, artigo escrito por Hofmann, entre outras coisas diz : “Se Sarney não tivesse poder ninguém leria “Marimbondos de Fogo”, nem ele seria um “imortal”da Academia Brasileira de Letras. (Na verdade Sarney é um “imoral” da ABL)”
Por que deveríamos considerar importante a opinião de excelentes cantores e compositores como Chico Buarque de Holanda, ou Caetano ou Gilberto Gil? São excelentes nas coisas que fazem que lhes granjearam fama. Mas e daí. Chico Buarque como escritor se assemelha a José Sarney. Se Sarney não tivesse poder ninguém leria “Marimbondos de Fogo”, nem ele seria um “imortal”da Academia Brasileira de Letras. (Na verdade Sarney é um “imoral” da ABL). Quem leria/compraria os livros de Chico Buarque se ele não fosse o grande compositor e poeta que é. São chatos. E suas opiniões fora da sua profissão não valem nada. Ele não é um pensador criativo ou ponderado. Está condicionado a repetir as mesmas coisas de 1960 em 2011.
Isto nos traz a entrevistas como a de Lars Von Triers em Cannes. Admitamos que seja um diretor de vanguarda. Um sujeito que abriu caminhos novos e outros blábláblás. Na realidade os filmes de von Triers não tem uma boa bilheteria se não estiverem ligados a algum escândalo. Nisto tem algo em comum com Mel Gibson. Se o seu filme sobre Cristo não fosse tão cruento a ponto de causar celeuma a receita jamais teria pago a produção. O artista Gibson não é um bom diretor, produtor ou roteirista.
Então Lars Von Triers, um misto de bobo da corte com vivandeira (mulher da vida que acompanhava um exército invasor) dá uma entrevista referindo-se veladamente ao fato de que sua mãe lhe teria informado no .leito de morte que seu pai não era o judeu Von Triers e sim um certo Von Hartman que fora seu empregador. E diz que teria gostado de ser nazista. Um Von Hartman. Mas não foi aceito. Que consegue ter empatia com Hitler sentado em seu “bunker”na Berlim sitiada.
Vê-se claramente que disse isto para chocar, para que falem de si e do seu filme. Está esperando a reação generalizada. Conta com isto. Talvez pense que a comissão julgadora de Cannes vai ter de mostrar que distingue entre o diretor e a obra. Uma jogada para ganhar a “Palma de Ouro”.
Hoje, expulso de Cannes disse que não foi feliz na escolha de palavras, que se expressou mal.
Creio que escolheu a dedo cada palavra que disse. Não que eu acredite que seja realmente um nazista ou um anti-semita perigoso. Convinha-lhe neste momento ser a figura central de uma controvérsia. Possivelmente se o seu filme não tiver bilheteria adequada não conseguirá fundos para seu próximo empreendimento, ou então pretenda financiamento de algum banqueiro árabe para seu próximo filme. .
Diretor Lars von Trier fica abalado com banimento de Cannes
O artigo “O Bobo” foi escrito dia 19/05/2011. Nesta manhã de 20/05 apareceram as seguintes declarações de Lars Von Trier:
Lars von Trier, acha que, desta vez, foi longe demais, ao se declarar nazista e simpatizante de Hitler durante uma entrevista coletiva. Nesta quinta-feira, uma hora após a direção do Festival de Cannes soltar um comunicado em que anunciava sua condição de "persona non grata" no evento, Lars Von Trier deu nova entrevista, em um hotel localizado na cidade de Mougins, a pouco menos de meia hora de Cannes. Visivelmente abalado com o resultado do que define como "brincadeira estúpida", Trier diz estar se sentido muito mal pelo fato de ter magoado algumas pessoas. "Normalmente, o que chamam de minhas provocações, têm algum propósito. Desta vez, foi só um desentendimento provocado por uma brincadeira estúpida que fiz. Me arrependo do que eu disse. Quer dizer, me arrependo de ter dito isso na conferência de imprensa. Eu poderia dizer isso para os meus amigos, porque eles me conhecem e sabem que eu não sou um nazista. A imprensa escandinava, que me conhece melhor também, nem tocou no assunto. Tem a ver com um tipo de humor, que não cabe para declarações públicas, mas tem a ver também com algumas palavras sendo colocadas fora de contexto. Mas eu realmente sinto muito pelo fato de ter ferido algumas pessoas. Definitivamente, não era minha intenção".
Ou seja, evitando a palavra xula podemos dizer que o diretor Von Triers estava com uma diarréia verbal.
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