O resultado surpreendeu os pesquisadores, que o veem como sinal de que o vírus é muito mais prevalente do que se imaginava na região.
“São resultados muito preocupantes porque essas gestantes não apresentavam sintoma algum”, diz o pediatra Saulo Duarte Passos, médico do Instituto Emilio Ribas e professor titular de pediatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Passos está coordenando o estudo, que começou há apenas 18 dias.
O plano é seguir 500 mulheres com gestação de alto risco e monitorar o possível impacto do vírus da zika na gravidez e na saúde do bebê. Foram escolhidas gestantes de alto risco porque elas normalmente têm um acompanhamento mais próximo dos serviços de saúde.
As participantes devem se distribuir em três grupos: o grupo 1 seriam as gestantes sem sintoma, o grupo 2 seriam as gestantes com sintomas sugestivos de zika e o grupo 3 seriam as gestantes que tiveram aborto. Até o momento, 106 grávidas já entraram no estudo, nenhuma delas com histórico de sintoma de zika. Dos primeiros 56 testes feitos, de 70% a 80% tiveram resultado positivo para o vírus, segundo Passos. Todos os exames, que foram feitos com a técnica PCR, serão repetidos com um novo método para confirmar os resultados.
Após o início do estudo, o grupo de pesquisadores já acompanhou o nascimento de quatro bebês com suspeita de microcefalia, dos quais dois testaram positivo para zika. Nenhuma das mães estava no grupo de gestantes que já vinham sendo acompanhadas pela pesquisa.
“Os resultados mostram que o vírus já está circulando há pelo menos um ano na região”, diz Passos. (Fonte: G1)
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